Por Isabel Lins
Os profissionais das escolas estaduais do Rio de Janeiro entraram em greve no dia 17 de maio. A categoria em greve inclui tanto professores quanto funcionários administrativos (merendeiras, inspetores e etc). A greve foi aprovada em assembleia geral da categoria junto com o Sindicato Estadual dos Professores de Educação do Rio de janeiro (SEPE), realizada no dia 11 de maio, no Club Municipal – Tijuca.
A categoria reivindica a implementação do piso nacional do magistério para os docentes e o piso dos funcionários administrativos, tendo como referência o salário mínimo nacional, que atualmente está em R$ 1.320.
No primeiro dia da greve, os professores foram às escolas informar aos estudantes sobre a importância da paralisação para obterem condições melhores de trabalho, chamaram este ato de “arrastão nas escolas”.
No dia 18 de maio, aconteceu uma nova assembleia com passeata até o Palácio Guanabara, para exigir uma negociação com o governador Cláudio Castro.
Dia 10 de maio, em uma reunião com a secretária estadual de educação, Roberta Pontes, e representantes da Casa Civil, o governo apresentou ao SEPE seu projeto de incorporar o piso nacional do magistério. A proposta feita não inclui o piso de todas as carreiras, pois o governo propôs apenas reajustar os salários que estão abaixo do piso. Ou seja, além de não ser o que manda o atual plano de carreira da categoria, que é justamente o piso ser implementado a partir do vencimento inicial da carreira sendo adequado proporcionalmente aos outros níveis, os funcionários administrativos das escolas continuariam sem reajuste, tendo em vista que em sua maioria recebem muito menos do que um salário mínimo do piso.
Além das questões econômicas, a categoria também reivindica a revogação do Novo Ensino Médio (NEM), a abertura de novos concursos para suprimento das carências de profissionais como assistente social e psicólogos, para terem um ambiente escolar mais acolhedor e com mais qualidade pedagógica.
Dia 23, teve, no Circo Voador, uma assembleia para decidir sobre os próximos passos, até que o governador Cláudio Castro apresente uma nova proposta.
Ficou agendada uma nova assembleia para o dia 01 de junho.
