Por Yago Souza. Arte de capa Marcelo Cinelli.
Kevin Koel Medziukevicius Leite, 14 anos, atleta de patinação artística da seleção brasileira, participou dos jogos Sul-Americanos da juventude em Rosário, na Argentina, conquistando medalha de ouro, na categoria dança, e medalha de bronze, na categoria livre.
O atleta descobriu o esporte por conta de sua mãe dar aulas, e começou a se interessar por conta de seu irmão já treinar desde pequeno, fazendo com que sua família já estivesse imersa nesse mundo. A partir dos 9 anos, começou a treinar com sua mãe, e depois migrou para uma equipe focada em competições. Atualmente treina no Clube de Regatas Saldanha da Gama, com Kadu Paiva, Gustavo Casado, Felipe Werle e Gabrielle Vieira.
Segundo Kevin, o esporte tem muito risco de lesão, principalmente no joelho e no pé por conta de impactos e quedas. O atleta nunca teve nenhum tipo de lesão, mas as vezes, sente dores no joelho.
O jovem entrou para seleção brasileira, pois a seleção percebeu potencial no atleta, após se destacar no campeonato brasileiro.
O atleta diz ter sentido uma enorme felicidade após a convocação para os jogos de Rosário, pois era um sonho para ele. Ainda completa falando o que sentiu após os jogos, “fiquei muito feliz após o fim dos jogos, não só pelas medalhas que conquistei, mas também por ver minha amiga Lia Iwazaki, medalhar”.
Kevin partiu na categoria júnior, em três modalidades, figuras, dança e livre, conquistando medalhas em livre e dança.
O patinador fala um pouco sobre suas inspirações e seus sonhos no esporte, “meus técnicos são campeões mundiais, um é campeão mundial na modalidade figuras e o outro na modalidade livre, sendo minhas maiores inspirações, e meu maior sonho é também ter a chance de conquistar uma medalha nos mundiais de patinação artística”.
O atleta dá algumas dicas para os jovens que estão iniciando no esporte, “a parte mais difícil é a psicológica, mas nunca desistam, mesmo em dias ruins ou cansativos, é assim que funciona o esporte”.
O jovem diz que a seleção brasileira é muito grande, tendo em média umas mil pessoas, mas por conta do esporte não ser olímpico, faz com que não seja tão reconhecido e nem rentável, fazendo com que os atletas tenham que pagar todos os custos sozinhos, como passagens, patins (que duram apenas alguns meses), roupas e custos em outros países, sem nenhum tipo de apoio.
