Por Yago Souza. Arte de capa por Marcelo Cinelli
Julia Santos Calabretti, 16 anos, atleta de atletismo, participou pela seleção brasileira, nos Jogos Sul-Americanos da Juventude, em Rosário, na Argentina, e mesmo lesionada durante a competição que ocorreu em maio, ficou em 8° lugar na prova de salto com vara e em 4° em salto triplo, na categoria sub-18.
A jovem começou a treinar com 11 anos, e diz um pouco sobre como começou no esporte, “eu sempre gostei muito de esporte e muita animação, amava as aulas de Educação Fisica, e um dia eu vi medalhas da minha mãe, que já foi atleta de atletismo e de vôlei. E por isso eu comecei a perguntar como funciona, e tive vontade de fazer também, a princípio queria vôlei, mas ainda não estavam abertas, então ela me levou para fazer a peneira de atletismo no Centro, eu consegui passar e me apaixonar pelo esporte onde estou até hoje”.

Julia treina no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, de segunda a sexta, três horas por dia, pelo treinador Alexandre Moratto.
Segundo a própria, o esporte causa diversas lesões, mas elas mudam conforme a modalidade praticada, em seu caso, os maiores riscos são o excesso de impacto e movimentos bruscos. Ela já lesionou o quadríceps, lombar e convive com tendinopatia no calcâneo.
A atleta foi escalada através da convocação do ranking sul-americano, que foram convocados os mais bem colocados do ranking para compor a seleção brasileira. Após saber da notícia, Júlia sentiu uma sensação muito boa, e conta um pouco sobre isso, “ senti uma felicidade imensa,pois a gente trabalha muito com o sonho de uma seleção, e sabemos a experiência incrível que é, além do aprendizado enorme que ganhamos, então saber que o esforço valeu a pena, fez eu ficar extremamente feliz, na hora fui comemorar com a família”.

Suas inspirações fora do esporte são seus pais e sua avó, e dentro do esporte é Juliana Campos, atleta de salto com vara, pelo jeito que ela administra sua carreira, e Isabel de Quadros, também do salto com vara.
A jovem fala sobre o que acha do esporte e sobre seus sonhos, “sou meio suspeita para falar, eu amo muito, sou apaixonada por como o Atletismo tem tantas provas e tão diferentes, como consegue juntar todos, trazendo sentimentos que eu nunca vivenciei em nenhum lugar, oportunidades que eu sei que não conseguiria em outro lugar, além da felicidade imensa de praticar.

Julia conta sobre o que ganhou com os Jogos Sul-Americanos, e o que sentiu ao final do campeonato, “muito aprendizado. Vivenciar tudo que aconteceu no Sul Americano, me trouxe muitos aprendizados, me sinto muito mais preparada agora para enfrentar a vida de atleta, me trouxe lembranças de momentos incríveis que eu nunca vou esquecer, além de mais experiência, algo que irá ajudar muito nas próximas competições. Ao final do campeonato foi um misto de emoção que até hoje não consigo decifrar, era uma felicidade por ter chegado até lá, e também ganhei mais vontade de correr atrás dos meus sonhos, e uma tremenda gratidão por tudo que aconteceu”.
A atleta leva consigo uma maturidade muito grande no esporte, e fala para as próximas gerações de atletas que mesmo sendo difícil a caminhada, nunca desistirem de seus sonhos, pois tudo tem um motivo lá na frente, para treinarem bastante, e seguirem no foco.
