Por Juliana Santos. Foto de capa: Fachahub
Em uma conversa no salão da biblioteca, o professor Leandro Lacerda destacou a importância do diálogo como uma via de mão dupla onde cada indivíduo fala e escuta, observando-se os conceitos de direitos, deveres e ética. É necessário entender as diferenças de cada um e praticar a empatia, se colocar no lugar do outro.
Diversidade e pluralidade são tudo aquilo que não é igual e homogêneo, que apresenta características próprias. No contexto social, a diversidade é a convivência de indivíduos diferentes em relação à etnia, orientação sexual, cultura, gênero, deficiência, inclusão etc., em um mesmo espaço. O âmbito pessoal comporta a diversidade de humor, sentimentos, comportamentos, ritmos, maturidade, preferências, perfil cognitivo.
Vivemos em um mundo plural no qual as pessoas têm opiniões, pensamentos e gostos diferenciados. Podemos citar, por exemplo, que nem todos gostam das mesmas comidas, do mesmo time de futebol, do mesmo partido político, da mesma religiosidade. Um mesmo conceito ou fato pode gerar diversas e novas formas de reflexão.
Cada ser humano é único e especial, mas nem sempre o mundo plural respeita as diferenças e opiniões de cada um. Muitas pessoas e grupos não têm direito à fala e nem de opinar sobre questões que possam melhorar a convivência harmoniosa entre todos. No lugar do diálogo que deveria se desenvolver com a modernidade, vemos um crescente da intolerância e do ódio em relação à diversidade de ideias e pensamentos.
Existe um processo de padronização de pensamento interessado na manipulação dos grupos que compõem a sociedade.
Para encerrar o bate-papo, Lacerda finalizou o momento citando um trecho do discurso proferido por Martin Luther King Júnior em 1963:
“Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: ‘Consideramos essas verdades como auto-evidentes que todos os homens são criados iguais.’ Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje.”
Os participantes saíram com a certeza de que o momento foi bom e deve ser repetido mais vezes.

