Por Beatriz Neves e Pedro Teixeira. Foto de capa: Televisão antiga apoiada sobre um muro de pedra com fundo arborizado. Divulgação/Reprodução: Stock
A tecnologia televisiva, que hoje denomina-se televisão, foi oficialmente criada no século XX, vindo de estudos iniciados no ano de 1800. O escocês John Baird, após a descoberta do selênio, um elemento químico utilizado na composição da televisão, começou a transmitir imagens de um ponto a outro. Ele ajudou a construir o primeiro sistema de televisão viável, transmitido pela primeira vez em 1924. Apesar de tudo, John Baird é pouco lembrado na história da televisão pois o modelo em uso até os dias atuais é autoria de Philo Farnsworth.


As primeiras transmissões de TV surgiram ao longo da década de 1930, com todo o desenvolvimento das técnicas abordadas por Baird e Farnsworth. No início, poucas pessoas tinham acesso, como uma tecnologia cara e recente, não conseguindo competir com a popularidade do rádio.
Com o surgimento do transistor, em 1947, os aparelhos de rádio e televisão baratearam e adquiriram praticidade, com a diminuição do tamanho dos modelos, assim contribuindo pra disseminação dos aparelhos por todo território nacional e mundial. No Brasil, a primeira transmissão foi na década de 1950, realizada pelo jornalista e empresário Assis Chateaubriand.

Grandes nomes brasileiros tiveram sua origem nos programas de auditório como Chacrinha e Jô Soares. Enquanto a programação de lazer e cultura era protagonizada pelos programas de variedades e telenovelas, a programação jornalística começou pelo repórter Esso, também pioneiro do rádio.


Com o tempo, a programação televisiva evoluiu e inovou, mas ainda manteve sua essência. Hoje em dia ainda existem programas de auditório, variedades, jornais e novelas, mas cada um com a presença de elementos atuais, fruto da evolução tecnológica e social. Os jornais contam com mais recursos audiovisuais, as novelas com efeitos especiais, as programações intercaladas com intervalos de propagandas cada vez maiores e os serviços de streaming em ascensão.


Tudo isso faz surgir o questionamento sobre qual será o futuro da televisão. Com a virada tecnológica das últimas décadas, as mídias clássicas tiveram que se adaptar para continuar frente às novas plataformas. Sendo assim, a televisão, dentre essas mídias, precisou se adequar ao novo momento e às novas gerações, trazendo novas programações e uma nova linguagem audiovisual, incluindo elementos multimídia. O professor Guto Neto, coordenador dos cursos de Radialismo e Cinema da Facha, esclarece um pouco sobre o futuro da televisão em meio às múltiplas formas de acesso ao audiovisual e às diferentes linguagens, “a gente já está em um lugar à frente…talvez a gente possa assistir daqui a um curto espaço de tempo mais intervenções e participações do público na geração de conteúdo”.
Com um público cada vez mais exigente quanto ao conteúdo consumido, as mídias precisam manter uma constante adaptação. A televisão se mantém firme diante às outras plataformas, sempre inovando e mesmo assim mantendo a tradição de um meio de comunicação clássico.
