Por Joana Rodrigues. Imagem de capa, Reprodução: Freepik

Dia 23 de setembro é o dia do sorvete. Mas por que dia 23 de setembro? Bom, no final de setembro é quando começa a temporada da primavera e junto com o surgimento das flores chegam os dias de mais sol e calor. A partir daí foi criado pela Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (ABIS) “o dia do sorvete”. Porque no Brasil é no calor do verão que as vendas de sorvete entram em disparo. Então sim, é mais uma data comercial estrategicamente criada para incentivar ainda mais as vendas de sorvete. 

 De acordo com o Ministério da Saúde, “sorvetes: são os produtos elaborados basicamente com leite e ou derivados lácteos e ou outras matérias primas alimentares e nos quais os teores de gordura e ou proteína são total ou parcialmente de origem não láctea, podendo ser adicionado outros ingredientes alimentares”.  

Não se tem dados históricos concretos de onde surgiu o primeiro sorvete, mas existem arquivos de pesquisas que mostram relatos de que a mais de 3 mil anos os primeiros “sorvetes” foram feitos na China. Eles misturavam neve com leite de arroz para comer. Então essa prática começou a se popularizar na realeza, porque o leite era muito caro na época. A partir daí, sorvete se espalhou para outros continentes e em meados do século XIII um Italiano chamado “Marco Polo” levou a receita para Europa. Então o sorvete se popularizou no mundo todo. Logo mais, um italiano chamado Procopio Coltelli, residente na França, inovou a forma como se fazia sorvetes e inventou a primeira máquina de sorvete. Até os dias atuais ele ainda é considerado “o pai do sorvete” na França. 

Em resumo, se for falar de maneira superficial todos sabem que o sorvete é apenas uma sobremesa doce e gelada, mas por que faz tanto sucesso? Para Jhonatan Mello, 25 anos, advogado, o sorvete é uma memória afetiva, “sobre o motivo para gostar de sorvete, eu não sei dizer exatamente uma razão, mas acredito que tenha um pouco de memória afetiva (desenhos ou momentos da infância) com o fato de existir uma quantidade enorme de formas de preparo. Assim, você sempre pode escolher entre aquele sabor favorito e que se sente confortável ou se arriscar e experimentar algo novo porque o sorvete permite essa liberdade criativa, então é improvável que alguém tenha experimentado todos os sabores possíveis”.  

Ou então é “o pequeno prazer diário do trabalhador”, como diz Jaqueline, 24 anos, garçonete, “trabalho às vezes 13 horas por dia, vejo mais meus colegas de trabalho do que minha própria esposa, do que até minha mãe que me deu a vida. Mas sempre no intervalo com cinco reais consigo comprar um sorvete, o doce me desperta minutos de prazer e lazer em momentos de estresse. Penso que o sorvete é o pequeno prazer diário do trabalhador”, nos conta sorrindo.   

A gastronomia não é somente sobre o preparo e o sabor das comidas, mas é a experiência que esse sabor nos proporciona no nosso cotidiano. O sorvete é uma sobremesa de muita personalidade, porque têm diversos sabores e cada um pode escolher qual é a sua preferência diante das opções existentes. É um doce que inclui todas as pessoas e têm para todos os gostos. Porém sempre vão existir pessoas como Breno Padilha, 21 anos, estudante de jornalismo, que diz que prefere estrogonofe. “Gostar de sorvete? Não sou muito fã assim de sorvete não, mas como um pouco assim e tudo mais. Mas não sou muito fã como gosto de estrogonofe”.