Brasil e Espanha promovem amistoso antirracista 

Legenda: Jogadores da Seleção comemoram gol contra a Inglaterra em Londres. Foto/Reprodução: Instagram Andreas Pereira.

Por Davi Leiros 

Reconstrução é a palavra que define a atual Seleção Brasileira, não só em campo, mas fora dele, visto que o ano de 2023 foi um dos piores que os torcedores brasileiros enfrentaram, em toda a história de nossa Seleção. Porém, o cenário da vez é outro após a vitória diante da Inglaterra em Londres, nossos jogadores mostraram ao torcedor que merecem elogios e a paixão pelo futebol brasileiro novamente. 

A vitória e a entrega dos jogadores fizeram com que todos em campo e o treinador Dorival Júnior fossem elogiados nas redes sociais mundo afora. Eraldo, aposentado de 63 anos, acompanhou diversos triunfos da Seleção e estava desacreditado no Brasil até acompanhar a recente vitória, “como é bom torcer para jogadores que sonharam estar ali, sonharam em vestir a camisa amarela e que farão de tudo para continuar merecendo nos representar. Hoje eles começaram o processo de fazer o Brasil se unir novamente para torcer pela Seleção”.  

O novo compromisso da Seleção tem mais um motivo para ser um marco histórico, a proposta da Confederação Brasileira de Futebol de promover uma partida, com a Seleção Espanhola, contra o racismo, em Madrid, onde joga o camisa 7 brasileiro, Vinicius Júnior, alvo de recorrentes crimes racistas. O atleta é a maior referência da luta do movimento negro no futebol e se sente emocionado ao ver o Brasil unido pela causa, “é uma honra para mim jogar essa partida tão importante sendo protagonista da causa”. Vinicius projeta gol que marca sua carreira, “estou sempre preparado para a próxima oportunidade, tenho 99 gols e espero que o centésimo venha no Bernabéu”. 

A Seleção Brasileira segue no processo de reconstrução, e a cada jogo, novos atletas terão a oportunidade de mostrar serviço e garantir vaga na Copa América, que será disputada nos Estados Unidos entre junho e julho. De todos os 26 atletas convocados, apenas 9 não jogaram a última partida em Londres, sendo que dos 11 estreantes, 7 já tiveram suas oportunidades. O amistoso contra a Espanha, independente do resultado, se torna um confronto marcante por dar espaço à luta antirracista e chance a novos atletas. 

No retrospecto do duelo, o Brasil leva vantagem, visto que a Espanha não vence o confronto há 34 anos, tendo sido superada na última vez que se encontraram na final da Copa das Confederações em 2013. Na época, os espanhóis eram bicampeões europeus e campeões do mundo. Atualmente a Seleção Espanhola vem de derrota em casa contra a Colômbia, e se encontra em reconstrução de elenco, assim como a Seleção Brasileira.  

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