Dia da ética e da reflexão sobre o que é correto 

Por Rorion Carvalho 

Quando se pensa em ética, automaticamente vêm à mente reflexões sobre ações corretas e que estejam dentro de uma normalidade ou dentro da lei. São reflexões que surgem desde sua etimologia grega ethos quer dizer caráter ou costume. Mas você sabia que ética é um conceito antigo, criado na Grécia Antiga? E como esse conceito e ideia sobrevive até hoje passados mais de dois mil anos?  

Aristóteles (384 a.C.- 322 a.C.) foi o primeiro filósofo a tratar da ética como uma área própria do conhecimento, sendo considerado o fundador da ética como uma disciplina da filosofia. Ele faz uma distinção importante entre as determinações da natureza, sobre as quais os seres humanos não podem deliberar, e as ações frutos da vontade e de suas escolhas. Para ele, os seres humanos não podem deliberar sobre as leis da natureza, sobre as estações do ano, sobre a duração do dia e da noite. Tudo isso são condições necessárias (não há possibilidade de escolha). 

Já a ética opera no campo do possível, tudo aquilo que não é uma determinação da natureza, mas depende das deliberações, escolhas e da ação humana. Aristóteles propõe a ideia da ação guiada pela razão como um princípio fundamental da existência ética. Desse modo, a virtude é o “bem agir” baseado na capacidade humana de deliberar, escolher e agir. Ou seja, tudo o que está no controle das pessoas. Aristóteles afirma que entre todas as virtudes, a prudência é uma delas e a base de todas as outras. A prudência encontra-se na capacidade humana de deliberar sobre as ações e escolher, baseado na razão, a prática mais adequada à finalidade ética, ao que é bom para si e para os outros. Só a ação prudente está de acordo com bem comum e pode conduzir o ser humano a seu objetivo final e essência, a felicidade. 

Com a ideia de ética estabelecida, pode-se aplicá-la em diversos ramos da sociedade. Principalmente quando se trata dela desde as universidades. A exemplo, todo aluno que está para se graduar tem aula de ética e faz um juramento sobre a mesma enquanto profissional na sua área de atuação. Se todos cumprem o que juram, já é outra história. 

No jornalismo, a ética deve ser um ponto central e que guia o jornalista ou o profissional de comunicação. Visto que a delicadeza dessa profissão impacta diretamente na vida de todas as pessoas. Afinal, o jornalista é um prestador de serviço que deve contar sempre com a verdade dos fatos.  

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