Legenda: Na foto: Vista aérea do estádio do Internacional (Beira-Rio) inundado devido às fortes chuvas no Rio Grande do Sul, no dia 7 de maio de 2024. Foto de capa/Divulgação: Istoé esportes.
Por Barbara Ballerini
O estado do Rio Grande do Sul passa por uma tragédia, com chuvas intensas e enchentes que chegaram até os cinco metros de altura, o que coloca o estado em estágio de extrema atenção. Os alertas começaram no dia 29 de abril, e os primeiros casos de morte foram confirmados logo no dia 30 de abril. Desde então, os gaúchos lidam com a dificuldade para salvar seus pertences, moradia, animais de estimação e suas próprias vidas.

Na segunda-feira, dia onze de maio, os times integrantes da Liga Forte União (Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude e Vasco) se manifestaram a favor de uma paralisação no campeonato, emitindo uma nota oficial para a CBF que no dia 14/05 realizou uma entrevista exclusiva ao “ge” afirmando que vai conceder aos pedidos de paralisação do campeonato, mas que deixa muito claro os efeitos dessa decisão. O presidente da CBF afirma que a instituição tem uma gestão democrática e que respeitará a decisão dos clubes. Disse também que o Ministro dos Esportes é a favor de tal paralisação, mas que espera uma ajuda vindo do ministério. Até o momento, sete clubes se posicionaram contra a paralisação, são eles: Flamengo, Corinthians, Bahia, Palmeiras, São Paulo, Bragantino e Vitória. Os argumentos defendidos pelos clubes são de que haverá um transtorno no calendário da competição, além de problemas logísticos e financeiros. O diretor de futebol do Palmeiras indagou em uma entrevista, “será que todas aquelas pessoas que dependem do futebol seriam capazes de suportar um período de não futebol? Será que todos os trabalhadores que dependem do que está em torno do futebol seriam capazes de suportar o momento? Tivemos um exemplo recente e sabemos quanto os clubes sofreram quando pararam”. Além disso, manifestações vindas do atual campeão carioca também surgiram. O diretor de futebol do Clube de Regatas do Flamengo, Bruno Spidel, confirmou a posição do clube que é contrária a qualquer tipo de paralisação. “A gente entende que, continuando a trabalhar, exercendo nossa atividade, podemos ajudar mais ainda do que se estiver parado. Tem uma série de outras atividades no Brasil que não foram paralisadas pela catástrofe. Estão todos tentando ajudar da melhor forma, e o Flamengo entende que pode ajudar muito mais se o campeonato seguir”, disse Spidel.

A demora pela reunião do conselho, que foi marcada para o dia 27 de maio, causou insatisfações em alguns dirigentes. “Brincadeira de mau gosto”, foi a expressão que Antônio Brum, vice-presidente do Grêmio, utilizou em suas redes sociais para manifestar sua opinião sobre a posição da CBF. No dia 15 de maio, após o pedido de 15 dos 20 clubes da série A pela paralisação, a CBF anunciou a pausa no campeonato por duas rodadas, que seriam correspondentes à sétima e à oitava rodada do Brasileirão. As atividades futebolísticas têm previsão de retorno no dia primeiro de junho.
