Foto de capa/Reprodução: Site CIC.

Por João Pedro Pereira.

O mel é uma excelente fonte de energia para o corpo humano e para a gastronomia no mundo. Ele é utilizado desde a antiguidade como adoçante para alimentos, como:  café, pães e outras comidas. A sua produção é fundamental para a biologia das plantas. Nesse processo, a abelha carrega muito néctar nas suas cavidades o que proporciona o derramamento do excesso durante o percurso, e consequentemente a polinização das plantas, fertilizando-as. De acordo com o canal da Universidade Federal do Paraná – UFPR,  85% das plantas com flores das matas e florestas e 70 % das culturas agrícolas dependem de polinizadores. 

A Organização das Nações Unidas (ONU), com os 193 países membros entre exportadores e importadores, criou, em dezembro de 2017, o Dia Mundial da Abelha  com o objetivo de homenagear Anton Janša, um esloveno nascido em 1734 considerado o pioneiro da apicultura moderna. A cultura de abelhas consiste na criação desses insetos com o objetivo de produzir mel, própolis, geleia real e cera de abelha. O mel de forma implícita movimenta a economia de muitos países, principalmente os produtores tanto com o alimento como os subprodutos oriundos do processo de coleta.  
 
No Brasil, membro da ONU e exportador, a produção nacional de mel é de cerca de 46.000 mil toneladas por ano. Em 2022, o Rio Grande do Sul foi o maior produtor, com 60.966.305 quilos produzidos, conforme  o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. A alta produtividade e o lucro dessa atividade também estão relacionados a vários fatores, como: um clima favorável, terras disponíveis e flora diversificada do país. Em média, o preço do mel brasileiro varia de R$35 a R$45, de acordo com o site Valor Econômico.  

Além disso, entre os apicultores existe uma grande preocupação ambiental que se associam para garantir melhores condições, incluindo a preservação das áreas e plantas essenciais às abelhas para a polinização. O uso de inseticidas, o desmatamento para o cultivo e as mudanças climáticas são fatores fundamentais para o desaparecimento de espécies que fazem parte da vida ecológica das abelhas, o que afeta o ciclo do mel. 

O consumo do mel na culinária é bem comum em várias culturas ao redor do mundo. Muitas vezes, ele pode ser utilizado como uma substituição saudável ao açúcar refinado na preparação de bolos, tortas, biscoitos e doces. A utilização com torradas, frutas, iogurtes e até mesmo na receita de carnes é muito apreciada pelos seus amantes.  

O ingrediente é mais famoso no pão de mel que apresenta uma textura consistente, um gosto e recheio deliciosos. Em concordância ao Blog Doce Beijo, são conhecidas duas versões sobre a origem do pão de mel: uma é proveniente da Rússia e, a outra, da Europa. Na primeira, existe uma lenda que o doce surgiu em torno do século IX e era chamado de pryanik, receita preparada a partir da mistura de farinha, suco de frutas e mel. Já na segunda versão, acredita-se que a iguaria era elaborada com mel, farinha, chocolate, manteiga, ovos e especiarias. Os chefs europeus descobriram que o doce poderia ser coberto com chocolate, prolongando o seu sabor e umidade. 

Entretanto, o mel apresenta um papel interessante na medicina sendo capaz de fortalecer nosso sistema imunológico, colaborar com a boa digestão, e até mesmo combater a prisão de ventre. Ademais, seus benefícios não param por aí: o mel é antisséptico, diurético, antioxidante, calmante e expectorante. A especialista Lê Bottaro, profissional em produtos da colmeia, no canal Aparecida TV, confirma as vantagens do mel e de seus derivados para o organismo, “o pólen é o alimento mais completo da humanidade, considerado o nosso multivitamínico. O mel como alimento trabalha desde calmante, a parte gastrointestinal, o intestino, além da ajuda na memória e muitas outras patologias para o organismo. Ele também é excelente para a perda de peso, pois nutre o corpo com esses benefícios emagrecendo-o”. 

Logo, o mel é muito importante para muitos países e culturas. Ele faz parte da rotina de milhões de indivíduos durante o dia. Seja para fins medicinais ou para a culinária, sua produção movimenta economias e reforça a importância do ciclo do mel para o corpo humano e para a biologia.