Foto Capa: reprodução/brasileirãobetano
Por Thiago Martins
A Ludopatia é o nome que se dá para o vício em jogos de azar e as apostas esportivas fazem parte desse mundo. Recentemente tivemos o caso do jogador italiano, Sandro Tonali, sendo suspenso por 10 meses por estar apostando em jogos do seu time. Segundo o seu empresário, o atleta está lutando contra o seu vício em apostas.

Antes do início do Brasileirão desse ano, a Betano, uma casa de apostas, foi anunciada como patrocinadora oficial do Campeonato. A empresa com sede em Malta, adquiriu os “naming rights” da competição, sendo assim o torneio passou a ser chamado de Brasileirão Betano. Apesar de não ser algo novo no meio futebolístico, o banco Santander patrocinava o Campeonato Espanhol, o Campeonato Italiano é patrocinado pela empresa de telefonia Tim, o que chama atenção é que além de ser mais uma competição na qual a empresa é detentora do nome, a Série B brasileira e a Copa do Brasil também fazem parte desse leque, é mais uma casa de apostas que se fixa dentro do futebol nacional.
Segundo o perfil no Twitter, DataFutebol, dos 20 times da série A do campeonato, 14 são patrocinados por empresas de aposta esportiva, o Vasco não aparece no gráfico pois ainda não tem patrocínio master, porém negocia com algumas casas de apostas.

Com esse cenário em que cada vez mais empresas de aposta entram no mercado esportivo brasileiro, a normalização desses jogos tem sido frequente, mas o risco que ele traz não. Estimasse que cerca de 2,3% da população brasileira é atingida por essa doença, de acordo com Hermano Tavares, coordenador do Programa Ambulatorial do Jogo Patológico do Hospital das Clínicas da USP.
Em novembro de 2023, o Senado aprovou uma Emenda, que colocava algumas diretrizes nas casas de apostas, sendo uma delas a proibição do patrocínio dessas empresas aos clubes de futebol. Porém os times se uniram e fizeram uma carta contra esse ponto da Emenda e conseguiram manter seus patrocinadores.
O vício em jogos de azar é considerado uma doença, mas vale lembrar que tem tratamento. O diagnostico deve ser dado por um profissional da área de saúde mental e, para melhorar, a pessoa deve manter uma rotina de acompanhamento psicológico.
