Foto Capa: reprodução/institutotodospelasaúde
Por Arthur Líbero
Era o final do século 19 e o início dos anos 1900 quando uma nova doença foi a principal causadora de mortes no mundo, a tuberculose. Com desenvolvimento lento, o contágio se dava entre uma pessoa e outra, através de gotículas de saliva contaminadas e eliminadas pela respiração, tosse ou espirro. Na época, não existiam campanhas ou políticas públicas para combater a doença.
O dia 1 de julho é dedicado à conscientização sobre a vacina BCG. Nesta mesma data, mas no ano de 1921, os cientistas franceses Léon Calmette e Alphonse Guérin anunciaram que conseguiriam debelar o bacilo de Koch, causador da tuberculose, a partir da atenuação de uma bactéria, batizada como Bacilo de Calmette e Guérin (por isso, a sigla BCG).

No Brasil, foi o pesquisador Arlindo de Assis, cientista do Instituto Vital Brazil, quem recebeu a cepa inativada da bactéria para desenvolver a vacina no país, em 1925, e passou a ordenar a aplicação da dose em escolas e dispensários, já que crianças e estudantes eram os principais alvos da doença. Foi assim que Assis ganhou destaque e foi transferido para a Liga Brasileira contra a Tuberculose, criada na época.

Já em 1974, a vacina BCG passou a integrar o calendário de vacinação do Programa Amplo de Imunizações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e, em 1976, o Ministério da Saúde tornou sua administração obrigatória às crianças brasileiras.

Atualmente, bebês acima de 2kg já podem tomar a dose única a partir do seu nascimento, e ela é ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo ministrada ao nascer ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias de idade.
