2 de julho: Dia Nacional do Bombeiro 

Foto Capa: alfa concursos

Por Barbara Ballerini 

Em 1856, o imperador D. Pedro II criou um corpo de bombeiros provisório da corte, até então o Brasil contava com um serviço de extinção de fogo nos Arsenais de Guerra e de Marinha além da Repartição de Obras Públicas e Casa de Correção. No dia 2 de julho daquele ano todos passavam a fazer parte de uma mesma administração. Neste mesmo ano, foi nomeado o primeiro diretor-geral da corporação e com isso o corpo de bombeiros recebeu seu primeiro material de combate, mas só em 1880 que os oficiais receberam graduações militares e então passa a ser considerado uma unidade militar definitiva. 

Profissionais que arriscam suas vidas prestando serviços de segurança para a sociedade, atendendo emergências em áreas de difícil acesso, realizando ações preventivas e entrando em situações de risco como incêndios, alagamentos e desabamentos para salvar vidas. Essas são as principais atividades realizadas por um bombeiro, profissão que inicialmente era de alcance federal, porém em 1917 o corpo de bombeiros passou a constituir a reserva do Exército, participando assim de conflitos armados, após esse período e ao longo do século XX a instituição passou a ser unicamente estadual. 

Anos se passaram e as vivências na profissão acumulam muitas histórias pelos seus atuantes. Glaucia Ballerini, subtenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, conta que buscou a profissão por conta da estabilidade de emprego, entrou na instituição em 2000, aos 25 anos, e admite que teve dificuldades no período de treinamento por conta da falta de experiência na área. Glaucia hoje trabalha na área administrativa por conta de uma restrição de saúde devido aos serviços prestados durante anos no socorro da ambulância, mas ressalta que apesar das dificuldades a sociedade pode esperar o melhor dos bombeiros, “sempre estamos prontos para dar o melhor para eles, e para minimizar os danos, tanto no socorro quanto na parte administrativa, que apesar as dificuldades diárias com questões logísticas, sempre estaremos prontos para atuar e dar o melhor para a sociedade”, afirma a subtenente.  

Enchente no Rio de Janeiro em 1966 (créditos: Notícias da TV-uol)

Outra história que representa a profissão é a de Adauto Ferreira, segundo-sargento aposentado há 30 anos, que procurou o Corpo de Bombeiros quando veio a passeio para a cidade do Rio de Janeiro e seu irmão o incentivou a entrar na corporação. Ele conta que, após 1967, no período presidencial de Castelo Branco, o tempo de serviço mudou de 25 para 30 anos e daquele momento em diante a escala de trabalho deixou de ser tão apertada. Adauto participou do resgate da enchente que assolou a cidade do Rio de Janeiro em 1966, e ressalta que resgatou mais de 40 corpos de vítimas da tragédia, além de ficar ilhado no quartel de Santa Teresa por sete dias. O sargento da reserva afirma ter muita gratidão por prestar serviços para a sociedade. “Foi muito bom trabalhar no bombeiro, quando a pessoa gosta da profissão e trabalha com prazer, o tempo passa e você nem nota”, diz com emoção. 

Dessa forma fica nítido que o intuito é a dedicação dos profissionais com os serviços prestados à sociedade. No dia 2 de julho, deve-se refletir sobre a importância e eficácia dos bombeiros no país.  

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