Foto Capa: Cameron Diaz (esquerda) e Demi Moore (direita) no filme ‘As Panteras Detonando’ (2003). (Créditos: reprodução/vogueportugal)
Por Luiza Carolina Castro
Louis Réard, engenheiro e estilista francês, lançou o biquíni pela primeira vez em 5 de julho de 1946, apenas alguns dias após os testes nucleares na Ilha Bikini, no Pacífico. Levou esse nome, porque a nova peça também seria algo “explosivo”. Sua criação foi usada pela primeira vez por Micheline Bernardini, uma garota de programa escolhida pelo próprio estilista, pois nenhuma modelo havia aceitado o convite de se vestir daquele jeito.

Quando Reárd disse que o efeito do biquíni seria algo explosivo, ele realmente estava certo, porque houve várias polêmicas após sua aparição. A peça foi proibida em diversos países, incluindo o Brasil, pois era considerada vulgar e até mesmo um atentado ao pudor.
O biquíni só foi se popularizar mesmo nos anos 50 e 60, principalmente por conta das estrelas de cinema da época, como Brigitte Bardot e Ursula Andress. Em 1953, Bardot simplesmente apareceu de biquíni em uma praia na França, durante o Festival de Cinema Cannes. Foi a partir daí que as vendas subiram surpreendentemente e o biquíni passou a ser utilizado em maior escala.

No Brasil, o biquíni só foi introduzido nos anos 50, usado mais por bailarinas e aparecendo aos poucos nas praias. A musa inspiração da música “Garota de Ipanema”, Helô Pinheiro, foi uma das primeiras a usá-lo. Vale lembrar que o Brasil também contribuiu para o desenvolvimento do biquíni com a criação do famoso modelo fio dental, modelo mais popular do país e conhecido pelo mundo inteiro como biquíni brasileiro.

Nos anos 70, o modelo tanga, com calcinha mais cavada e cintura baixa, começou a aparecer nas praias e também se propagou rapidamente. Com o tempo, muitas mulheres passaram a enrolar as laterais do biquíni, para deixar mais cavado ainda, o que serviu de inspiração para o modelo asa-delta.
Além do seu grande impacto na moda, o biquíni desencadeou discussões sobre a liberdade feminina e a aceitação do corpo. Nos anos 60 e 70, o movimento feminista adotou o biquíni como símbolo de empoderamento.
Em conclusão, o biquíni não apenas moldou tendências de moda, mas também desafiou normas sociais. Hoje em dia, há uma vasta diversidade de modelos e estilos para todos os gostos e corpos, promovendo a inclusão e aceitação.

