Estados Unidos e Sudão do Sul vencem no basquete olímpico  

Foto Capa: Paris 2024

Por Bruna Medeiros

Os jogos de domingo marcaram o fim da primeira rodada nessa fase inicial do basquete nas Olimpíadas, com dois confrontos entre times do grupo C. Os Estados Unidos, que é o favorito para levar o ouro olímpico, venceram sem sustos a Sérvia, que também tem um time forte, liderado pelo Nikola Jokic, o MVP da última temporada da NBA. Sudão do Sul, uma surpresa nessas Olimpíadas, venceu a seleção do Porto Rico e manteve o sonho vivo de uma classificação em um fortíssimo grupo. 

(créditos: reprodução/Terra)

Sem nem precisar tirar Jason Tatum e Haliburton do banco de reservas, a seleção norte-americana venceu todos os quartos contra os sérvios e entregou um show em quadra dentro das expectativas dos fãs. São doze jogadores formando o elenco olímpico tão forte que está sendo apelidados de o novo “Dream Team”. O time convocado para representar a seleção mais tradicional nessa modalidade tenta corrigir os problemas apresentados na Copa do Mundo, principalmente com pivôs que melhoram o desempenho defensivo e rebotes da equipe. Joel Embiid, Anthony Davis e Bam Adebayo são três jogadores com capacidade suficiente para serem titulares de qualquer equipe, e Steve Kerr conta com todos eles para formar sua rotação de pivôs.  

A união entre Lebron James, Stephen Curry e Kevin Durant no quinteto inicial é um dos pontos mais atrativos para quem admira um bom jogo de basquete. Combinando uma assertividade absurda na linha de três pontos, força física e arremessos a meia distância quase fatais, os três preenchem requisitos que explicam o porquê de serem considerados praticamente imbatíveis. Jrue Holiday, jogador do Celtics, atual campeão da NBA, é um atleta que também precisa ser destacado, terminando com 75% de acertos nos arremessos de quadra e 15 pontos, o armador é também um ótimo defensor. Os sérvios, apesar da derrota, ainda são favoritos para se classificar em segundo lugar do grupo, não só por Nikola Jokic, mas também por terem jogadores interessantes, que podem trazer maior dinâmica para a equipe. Astros da NBA são sempre mais conhecidos internacionalmente, mas a seleção conta com jogadores fora do grande centro do basquete com características fundamentais, como Dobric, Avramovic e Petrusev, prometendo entregar muitos pontos para a equipe.  

(créditos: reprodução/Surto Olímpico)

Sudão do Sul é uma das seleções formadas por jogadores que só serão conhecidos por uma minoria dos fãs de basquete. Carlick Jones não foi o maior pontuador do lado vencedor à toa, um armador moderno, que teve média de 10 assistências por jogo no Mundial, além de pontuar para o time. Contando com ótimos arremessadores no perímetro, como Marial Shayok e Numi Omot, os Sul-sudaneses têm uma porcentagem de acerto de bolas do perímetro ótima para a média do esporte, de 40%, e com certeza preocupará seus adversários nesse quesito. A seleção ainda conta com, muito provavelmente, um futuro astro da NBA, de apenas 17 anos. Trata-se de Khaman Maluach, pivô de 2,18m, que tem valências raras para jogadores com a sua estatura e da sua posição, como agilidade e boa porcentagem de acerto nos arremessos de três. A minutagem da jovem estrela não foi grande nesse primeiro jogo, mas ele pode ser uma peça importante individual e coletivamente. 

Os porto-riquenhos voltam a participar das Olimpíadas depois de 20 anos, liderados por Jose Alvarado, que além da contribuição com assistências, típica da sua função de armador, pontua muito para tentar levar a equipe às vitórias. Além dele, Tremont Waters, atualmente no basquete da China, mas que passou por quatro clubes da NBA, também é um pilar ofensivo do time. Assim como o Sudão do Sul, Porto Rico também teve uma ótima porcentagem nos arremessos da linha de três pontos em momentos anteriores e até nesse jogo, acertando 44% das tentativas, mesmo com a derrota. O time fez um bom primeiro quarto, saindo com a vantagem por 28 a 20 e chegou a ir para o intervalo na frente do placar. Mas, no terceiro quarto a virada aconteceu e os últimos 10 minutos da partida apenas confirmaram o bom resultado para a seleção africana. Um fator determinante para o placar foi a superioridade nos rebotes da equipe do Sudão do Sul, mesmo sendo uma das principais características de jogadores qualificados porto-riquenhos.  

(créditos: reprodução/metrópoles)

Após o final desta primeira rodada, os Estados Unidos confirmam a lógica e despontam na ponta da tabela, seguidos pelo Sudão do Sul. Entre os derrotados, Porto Rico fica com a vaga em terceiro, pela desvantagem menor no placar final de sua partida, e, consequentemente, o lanterna do grupo é a Sérvia. Os times voltam a jogar na quarta, dia 31. 

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