_{Foto Capa: reprodução/UNIFACHA}

Por Arthur Líbero

Você costuma ler jornais impressos? Talvez esse não seja mais o principal tipo de mídia utilizada pelas pessoas para se informar de forma mais imediata. Porém, é inegável que seu grande alcance e alta demanda só provam que eles são indispensáveis em qualquer sociedade bem-informada. 

Como surgiu a mídia impressa? 

O primeiro jornal surgiu na Antiguidade, quando o imperador romano Augusto mandava divulgar eventos promovidos pelo próprio ditador em uma tábua de pedra no Fórum Romano. Já o primeiro veículo em papel surgiu em 713 d.C., na China, no formato de um pequeno panfleto manuscrito e assim a ideia foi evoluindo até conhecermos o que hoje em dia é a mídia impressa.  

Foram nos séculos XVIII e XIX que líderes de governos passaram a entender a importância que os jornais tinham de influenciar a população e passaram a criar seu próprio veículo como forma de divulgar atividades de seus partidos. Em 1785, começa a circular, então, o jornal “The Daily Universal Register”, em Londres, que três anos depois foi batizado como “The Times” e se tornou referência para a criação de mídias como “New York Sun”, nos Estados Unidos”, “The Guardian” no Reino Unido e o “Correio Brasiliense”, no Brasil.  

Hoje, os principais veículos de comunicação do país estão nas mídias impressas, como é o caso dos jornais “Extra”, “Estadão” “Folha de São Paulo” e “O Globo”. Há também os cadernos específicos para quem gosta de diferentes tipos de assunto. Quem gosta de política, pode ler a “Carta Capital”, quem acompanha o mercado financeiro pode aderir ao “Valor Econômico” e quem aprecia a cultura carioca irá achar seus conteúdos no “Rio Show”.  

Planejamento Gráfico e Visual 

No curso de Jornalismo da UNIFACHA, os alunos são treinados para atuar em qualquer tipo de mídia que um veículo pode oferecer, seja na televisão, na rádio, na internet e até mesmo nos podcasts. A disciplina de Planejamento Gráfico e Visual proporciona o aprendizado acerca da montagem de uma mídia impressa, fundamental e exigida por diversas empresas de comunicação do país. 

O professor Gilvan Nascimento é professor dessa disciplina há 12 anos e destaca a importância da disciplina para os alunos de jornalismo despertarem a curiosidade acerca da forma como se monta um jornal impresso, “o principal objetivo é despertar o interesse do aluno, acostumado com a mídia digital, pela mídia impressa, devido a sua importância histórica para a comunicação social. O aluno que sabe planejar/elaborar um jornal impresso, assimila melhor e consegue trabalhar com mais facilidade nas mídias eletrônica e digital, porque aprende a importância da utilização das cores na comunicação e exercita bastante a diagramação, distribuindo de forma harmônica todos os elementos presentes, títulos, textos e imagens, para que o conteúdo seja bem interpretado pelo público”.  

Gilvan tem o desafio de produzir um jornal impresso para uma geração que não está habituada em ler esse tipo de mídia e ele acredita que esse seja um grande potencial dessa disciplina, “existem, nessa geração, alunos que nunca leram um jornal impresso e terminam produzindo um. É gratificante. Para orientar o trabalho, eu demonstro, inicialmente, as semelhanças e principalmente as diferenças entre as mídias. Não somente na parte visual, também são demonstrados exemplos de conteúdo. Trabalhamos, utilizando o recurso visual e gráfico, a produção de um jornal impresso e, logo após, sua conversão e publicação na mídia digital”. 

A versão em mídia digital do jornal é reproduzida baseada na impressa. Em sala de aula, os estudantes aprendem a diferenciar um formato de notícia mais tecnológico e recente que é feito online, do modelo tradicional impresso que já é conhecido pelos brasileiros.  

Essa disciplina ocorre sempre no primeiro período do curso de Jornalismo, quando os estudantes estão com mais ânimo para colocar em prática a criatividade. Sobre isso, o professor ressalta que prefere optar pela funcionalidade disso tudo, “o aluno aprende, em softwares profissionais da Adobe, a editar os textos, diagramar, editar as imagens digitais, as cores e outros elementos gráficos. Tendo esse domínio, através de exemplos e muita pesquisa, é colocada em prática a criatividade”.  

No final do período, os alunos fizeram, portanto, a diagramação de um jornal impresso utilizando matérias já existentes. A partir disso, eles escolhem os elementos que vão compor esse material, como “a escolha é feita de forma democrática. Realizada pelos próprios alunos. Só há interferência do professor quando solicitado e/ou quando houver alguma dúvida”, explica Gilvan. 

A aluna Luna Cofré falou sobre as descobertas que teve com o novo projeto, “minha experiência com as aulas de Planejamento Gráfico e Visual foram uma ótima surpresa, eu não tinha altas expectativas para a matéria, mas no final do período ela era a minha favorita. Eu pude conhecer e praticar o uso de um software importante como o InDesign e ainda ter experiências com o photoshop. Gostei muito da forma que eu tinha instruções para tocar o projeto, mesmo assim ter autonomia para o desenvolver”. 

No encerramento da atividade, Gilvan deu saldo positivo para a disciplina, acreditando que ela tenha contribuído ainda mais para os conhecimentos dos alunos de Jornalismo, “acredito que saíram com um bom conhecimento e aptos para exercer a função. Alguns, inclusive, que se dedicam mais, conseguem estágio ou um emprego na área, após o término das aulas. Mais uma vez, gratificante”. 

Confira como ficou o resultado final: https://online.fliphtml5.com/jsyds/yrqg/#p=1