Foto Capa: reprodução/gpblog.com
Por: Adriano Farias.
Depois de mais de uma década, a Fórmula 1 tem sua maior variação de vencedores em um ano, isso com apenas um pouco mais da metade da temporada disputada. Sete pilotos diferentes de quatro equipes conseguiram vencer pelo menos uma corrida em 2024, sendo assim a maior marca desde 2012.
Porém, diferente daquela vez, quando o título foi decidido na última etapa do ano, ao que tudo indica o campeonato desta temporada não terá uma grande disputa pelo título de pilotos. Já que, o atual tricampeão do mundo, Max Verstappen teve um início de ano assim como nas últimas duas temporadas, totalmente avassalador. E mesmo com o carro de sua equipe, a Red Bull, perdendo força e tornando as corridas mais equilibradas, o holandês conquistou 7 dos 14 Grandes Prêmios realizados até então, e lidera o campeonato com 277 pontos contra 199 do vice-líder, o inglês Lando Norris. E mesmo atingindo o maior jejum de vitórias desde 2020, Verstappen seguiu aumentando sua vantagem no topo da tabela devido ao seu desempenho constante nas primeiras posições. Situação contrária de seu companheiro, o mexicano Sergio Pérez, que está em seu pior momento desde quando chegou na equipe em 2021.

Se o Mundial de pilotos já está bem encaminhado para Red Bull e Verstappen, o Campeonato de Construtores anda bem ameaçado para a equipe austríaca. Pois com Pérez em baixa, andam somente pontuando com Max.
O holandês, por sua vez, correndo sozinho e bem â frente do mexicano, não tem conseguido acompanhar a pontuação da excepcional dupla de pilotos da McLaren, formada por Lando Norris e o australiano Oscar Piastri, equipe que colocou pelo menos um dos dois subindo ao pódio nas últimas dez etapas da temporada, sendo duas vezes no lugar mais alto, com uma vitória para cada.
A McLaren definitivamente possui as melhores condições para obter bons resultados na sequência do ano, e contando que Lando e Oscar têm a total capacidade de extraírem o melhor possível do carro, a equipe inglesa torna-se a grande concorrente da Red Bull pelo título de construtores.

Com a tradicional Ferrari carecendo de constância mesmo com duas provas vencidas, uma com Charles Leclerc, outra com Carlos Sainz. A Mercedes vem em uma crescente significativa no último mês antes da pausa, conquistando três das últimas quatro corridas realizadas, tendo um triunfo de George Russell e dois de seu compatriota Lewis Hamilton, o último desses após o próprio Russell ter sido punido pela pesagem do carro mesmo depois de ser o primeiro a cruzar a linha de chegada. Uma quase dobradinha no pódio que não vem há mais de um ano, desde junho de 2023, infelizmente seguiu sendo adiada para a equipe alemã de pilotos britânicos.
Apesar disso, o sinal é positivo com a nítida evolução dos carros, não fosse o início de ano bem abaixo das expectativas, poderiam brigar pelo troféu de construtores, principalmente por contarem com uma grande dupla nos volantes.
A melhora da Mercedes demorou para acontecer, mas quando ocorreu foi ainda mais especial para Hamilton. Lenda da Fórmula 1, o maior vencedor da categoria ao lado de Schumacher, ambos com 7 títulos mundiais. Agora, com uma grande oportunidade de competir pelas primeiras posições novamente, Lewis voltou a vencer uma corrida, o que não acontecia desde o final de 2021. Além disso, já acertado com a Ferrari para 2025, vai aproveitar as últimas 10 etapas do ano para se despedir no mais alto nível da Mercedes, equipe pela qual o inglês conquistou seis de seus sete campeonatos.

