Enredos de Samba Celebram a Cachaça Brasileira

Foto capa: Reprodução/ Acervo Liesa

Por Bernardo Magno

Em alusão ao dia da cachaça que é celebrado no dia 13 de setembro, vamos relembrar dois desfiles que abordaram a Cachaça como tema central dos seus enredos: Imperatriz 2001 e União do Parque Curicica 2014. 

A verde e branca da Leopoldina foi a quinta escola a se apresentar na segunda-feira de carnaval. Contou com 3.200 componentes divididos em 35 alas para contar a história da cana ao redor do mundo até se transformar em cachaça no Brasil. Idealizado pela carnavalesca Rosa Magalhães o título do enredo foi “Cana-caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, Pernambuco…Quero vê desce o cuco, na pancada do ganzá” 

A comissão de frente intitulada “Mouros e Cristãos” mostrando a batalha nas cruzadas, a cana é originalmente de terras Mouras, que durante os cruzados foi levado a Portugal, mas não se adaptou as terras europeias. 

Créditos: reprodução/ Acervo Liesa

O casal de mestre sala e porta-bandeira que ainda se apresentava antes da bateria era composto por Maria Helena e Chiquinho a maior referência na arte de mestre-sala e porta-bandeira que não atoa gabaritou os 40 pontos na apuração realizada. 

A bateria comandada pelo mestre Beto que se apresentava pela 21° vez seguida à frente do swing da Leopoldina, com um ritmo bem controlado e as bossas muito bem-feitas, outro ponto alto do desfile foi a interpretação de Paulinho Mocidade no samba da escola. Como uma das características da Rosa Magalhães, a professora era a alegoria e as fantasias em um alto nível que a carnavalesca estava acostumada a fazer e que fez ao longo de toda sua vida profissional. 

A escola terminou na Quarta-feira de Cinzas com notas 10 durante a apuração inteira sem o título ser ameaçado de maneira nenhuma, a única que chega perto foi a Beija-flor que levou um 9.5 em alegoria e adereços acabando ficando 5 décimos atrás da Imperatriz que terminou com o tricampeonato com 300 pontos. 

Saindo de Ramos indo diretamente para Curicica, a azul, vermelha e branca da zona oeste abordou a história da bebida. 

Na antiga série A, atual série ouro a escola foi a terceira escola a entrar no sábado de carnaval por uma vaga no grupo especial para o ano seguinte.  

Créditos: reprodução/ Site Galeria do Samba 

A comissão de frente com o título “A lenda da cachaça e a flor da cana”, que representa o bem e o mal no meio dos canaviais entre os escravizados e a sinhá. Uma comissão simples, porém, muito bem-feita e executada pelos bailarinos. 

O casal de mestre sala e porta-bandeira composto por Mara Rosa e Wanderson Sodré com uma fantasia luxuosa nas cores do pavilhão da escola. O ponto alto do desfile foi a bateria audaciosa comandada por mestre Lolo, atual mestre de bateria da Imperatriz Leopoldinense que inovou levando garrafas de cachaça vazias para compor sua bateria, dando um grave maior aos seus ritmistas fazendo bossas na maior tranquilidade sem medo dos jurados, não à toa foi o único quesito que a escola gabaritou na apuração. 

A evolução foi o único quesito que deixou a desejar, tendo que correr nos últimos minutos para não atrasar os 55 minutos máximos permitidos pelo regulamento da antiga LIERJ. 

De maneira geral, foi um desfile animado e bem executado para as condições e o orçamento que a escola tinha para fazer o seu carnaval, digno para a escola comemorar o incrível desfile e sonhar com a parte de cima da tabela. A escola conseguiu a sua melhor colocação na segunda divisão durante os cincos anos que esteve. Uma 7° colocação distante por 2,1 pontos da campeã Unidos do Viradouro. 

Acompanhe os desfiles completos: 

Deixe um comentário