Foto capa: Reprodução/Planet’s Cafe
Por Adriano Farias
O café etíope é algo marcante para a cultura do país, sendo uma espécie de identificador da Etiópia perante o mundo. Assim como a Austrália é lembrada pelos cangurus, por exemplo.
Na nação africana, o café tem significados de união e felicidade. Uma vez que, produzido na Etiópia desde o século 15, a bebida quando compartilhada é mais importante do que alimentar o corpo, pois representa a atmosfera social.

Crédito da foto: Época
Sabendo que o café foi descoberto na Etiópia, percebe-se que o país conserva muito da sua diversidade genética. O seu cultivo tem evoluído ao longo dos séculos, sem intervenção humana, de forma natural. Exceto na região de Yirgacheffe, onde se produz um dos melhores cafés etíopes, que utiliza o processamento úmido. Resultando uma complexidade de sabores no café, mais reconhecido pelo gosto floral e com leve toque de acidez.
As condições climáticas são tão favoráveis que o café cresce organicamente por lá. Isso se deve pelas suas regiões montanhosas com altas altitudes e clima ideal para o cultivo de seus cafezais.

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Diferente de outras nações produtoras da bebida, o café está enraizado na cultura do povo, quase metade da produção fica no próprio país pela enorme influência na sociedade etíope, seja pelo consumo ou pelos rituais em que faz parte.
Apesar disso, a Etiópia é quinta maior exportadora de café no mundo, e mesmo enfrentando problemas como mudanças climáticas e a pobreza, segue como um dos maiores produtores mundiais. Em 2022 a nação africana bateu recorde em receita, gerando 1,4 bilhões de dólares com a venda de aproximadamente 7,6 milhões de sacas.
