Foto Capa: reprodução/Hedgard Moraes/Minas Tênis Clube)
Por: Arthur Werneck
A 31ª edição da Superliga Feminina de Vôlei terá início no dia 16 de outubro e conta com 12 times na disputa pelo título. O duelo entre o atual vice-campeão Praia Clube e a equipe do Mackenzie, que subiu para a primeira divisão nesta temporada, será o jogo de abertura da competição, que vai até 21 de março de 2025.
Os 12 times que estão na disputa são o atual campeão Minas, o campeão da segunda divisão Abel Moda Vôlei, Barueri, Brasília, Fluminense, Mackenzie, Maringá, Osasco, Pinheiros, Praia Clube, Sesc-Flamengo e Sesi Bauru.
O regulamento da Superliga segue o mesmo das temporadas anteriores. Na primeira fase, todos os clubes se enfrentam em partidas de ida e volta, totalizando 22 rodadas e 132 jogos. Os oito melhores times se classificam para a segunda fase, um mata-mata de três fases (quartas de final, semifinais e final) onde os confrontos são disputados em melhor de três jogos até a semifinal, com a grande decisão em partida única.

Nos últimos anos, a competição foi palco de grandes jogos e grandes rivalidades, mas o que mais chama atenção é o domínio mineiro. Minas e Praia Clube decidiram as últimas cinco Superligas, sendo quatro conquistas para o time da capital e apenas uma para o time de Uberlândia.
Os quatro títulos recentes do Minas levaram o clube de Belo Horizonte a ser o segundo maior campeão da Superliga, com seis títulos. O líder absoluto é o Rio de Janeiro, time que deixou de existir em 2020 e se fundiu com o Flamengo, com 12 títulos. O tradicional Osasco tem cinco conquistas, mas levantou o troféu pela última vez apenas em 2012 e é o terceiro do ranking.
Para retornar ao caminho do título após 12 anos, o Osasco investiu no mercado e contratou uma velha conhecida do torcedor osasquense e do torcedor brasileiro: a ponteira Natália Zílio. Campeã da Superliga por duas vezes, Natália passou cinco anos fora do Brasil, tendo jogado nas melhores ligas do mundo, como a italiana, a turca e a russa. O clube ainda contratou outras cinco jogadoras, incluindo a central Valquíria, ex-jogadora do Sesc-Flamengo.

O clube carioca foi um dos principais destaques do mercado do voleibol feminino, realizando uma mudança drástica em seu elenco comandado por Bernardinho. Além de Valquíria, o Flamengo ainda perdeu Sabrina e Roni, jogadoras importantes na campanha da temporada passada, quando a equipe ficou em terceiro lugar. O Sesi Bauru também seguiu o mesmo caminho e renovou o seu elenco. A equipe perdeu 10 jogadoras e contratou outras seis, com destaque para a oposta Lorenne, a líbero Keyt Alves, a central Bia Corrêa e a ponteira Kasiely.
Outro clube que teve um movimento importante no mercado foi o Praia Clube. A equipe de Uberlândia perdeu o seu comandante Paulo Coco após sete temporadas e escolheu Marcos Miranda como substituto. Dentro de quadra, as chegadas da levantadora Macris, para repor a saída de Claudinha que pausou a carreira por causa da maternidade, e da central Carol Gattaz foram as principais movimentações do Praia.

A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) anunciou novidades em relação à arbitragem da competição, sendo a principal delas a implementação do desafio em todas as partidas da Superliga. O desafio auxilia o árbitro em lances duvidosos e a CBV investirá R$3 milhões em equipamentos para implementar a tecnologia e melhorar a qualidade do produto.
A entidade também informou que os árbitros principais das partidas serão neutros, ou seja, de estado diferente dos times em quadra, semelhante ao futebol. A arbitragem neutra ocorria apenas a partir da segunda fase da competição e agora valerá para toda a Superliga. Outra novidade é que a CBV vai custear toda a operação e logística dos clubes durante a competição.

A Superliga Feminina de Vôlei terá transmissão dos canais SporTV e do Canal Vôlei Brasil no YouTube.
