Foto capa: Site Carnavalesco
Por Bernardo Magno
Após ter um samba que furou a bolha do carnaval, o Caju de 2024. A verde e branca da zona oeste, como é conhecida a mocidade, tem como objetivo alcançar boas colocações após dois carnavais que chegaram perto do rebaixamento para a Série Ouro, algo que seria inédito para a escola, o décimo primeiro e o décimo lugar nos carnavais de 2023 e 2024 respectivamente, ligaram o alerta para a diretoria.
A fim de mudar esse cenário recente a diretoria decidiu trazer de volta o casal Renato e Márcia Lage, que viveram o auge como carnavalescos junto com a escola nos anos 90 com um tricampeonato em 1990, 1991 e 1996, o casal ficou na escola até 2002. O último trabalho de Renato e Márcia foi em 2023 na Portela, com o enredo em homenagem ao centenário portelense.
Era manhã do domingo dia 13 de outubro quando Zé Paulo Sierra, o intérprete da escola, anunciava que o samba que será a primeira a ser ouvido na terça-feira de carnaval é de autoria de Paulo César Feital, Cláudio Russo, Alex Saraiça, Denilson Rozario, Carlinhos da Chácara, Marcelo Casanossa, Rogerinho, Nito de Souza, Dr. Castilho e Léo Peres

Confira o samba:
A luz que nos chega da estrela primeira,
Nascida do pó no Cruzeiro do Sul
Do plasma divino das mãos carpinteiras
Ressurge candeia no breu nesse azul
Será que o limbo da imaginação
Perverte a inteligência
O homem com sua ambição
Desconhece a razão desatina a Ciência
Será que há de ter carnaval, sem minha cadência?
Com alas em tom digital
No fim da existência
Me diz afinal quem há de arcar com as consequências?
Se a mocidade sonhar
No infinito escrever
Versos a luz do luar, deixa!
Quando o futuro voltar
A juventude vai crer
Que toda estrela pode renascer
O verde adoecido da esperança
Ofega sobre o leito da cobiça
Quem vive pelo preço da cobrança
Derrama sua lágrima postiça
Fogo matando a floresta
Bicho morrendo no cio
Febre no pouco que resta
Secam as águas do rio
E a vida vai vivendo por um fio
Naveguei…
No afã de me encontrar eu me emocionei
Lembrei da corda bamba que atravessei
São tantas as viradas desta vida
A mão que faz a bomba se arrepende
Faz o samba e aprende
A se entregar de corpo e alma na avenida
O céu vai clarear
Iluminar a zona oeste da cidade
E Deus vai desfilar
Pra ver o mago recriar a Mocidade
