Os enredos que passarão na última noite do carnaval na Intendente Magalhães 

Foto Capa: reprodução/band

Para muito além da Sapucaí, o Em Todo Lugar dá espaço as dez escolas que passarão na Intendente Magalhães no terceiro dia com o sonho de ir para a Marquês de Sapucaí. 

  1. Boi da Ilha do Governador 
(créditos: reprodução/site carnavalesco)

Voltando a série Prata após doze anos, o Boi da Ilha do Governador irá homenagear um dos maiores Intérpretes de samba-enredo: Melquisedeque Marins mais popularmente conhecido como Quinho com o enredo “Arrepia Boi da Ilha”, o enredo será desenvolvido pelo carnavalesco Frán-Sérgio. 

Nascido no Dendê, Quinho começou sua carreira no carnaval na União da Ilha do Governador, sendo chamado por Aroldo Melodia para compor o carro de som da escola no carnaval de 1985, foi para o Salgueiro em 1991 onde fez história como cantor dos maiores sambas do carnaval de 1993 com “Peguei Ita no Norte”, samba cantado por muitas pessoas que não sabem a origem do “explode coração na maior felicidade”. Quinho também passou por Grande Rio, São Clemente, escolas Paulistas e Amapaenses. A última vez que sua voz foi ouvida na Sapucaí foi no carnaval fora de época de 2022. 

Quinho faleceu no dia 4 de janeiro devido a uma insufiência respiratória causada por um câncer de próstata que o cantor lutava desde 2022. 

  1. Império da Uva 
(créditos: reprodução/Instagram/@imperiodauva)

A escola de Nova Iguaçu levará para a avenida o enredo “Abayomis Boneca Preta do Brasil!…Da Ancestral Referência à Resistência Atual!” Desenvolvido pelos carnavalescos Clébio de Freitas e Biu Oliveira. 

As Abayomis são Bonecas feitas de pano começaram a ser feitas pela artesã maranhense Waldilene Serra em 1987 no Rio de Janeiro como forma de representatividade para as crianças. 

  1. Tubarão de Mesquita 
(créditos: reprodução/facebook/Tubarão de Mesquita)

A Preta e Branca da Baixada, como é conhecida a Tubarão de mesquita, levará o enredo “Repense, reflita, recicla, vem na onda da sustentabilidade com a Tubarão de Mesquita”. 

A escola fará um desfile de reflexão passando por o que é a sustentabilidade, o desenvolvimento sustentável, os pilares da sustentabilidade, quais são os impactos ambientais que se encontram hoje na sociedade e as iniciativas sustentáveis para melhorar o mundo. 

  1. Acadêmicos da Abolição 
(créditos: reprodução/sitecarnavalesco)

A verde e branca da zona norte carioca, como é conhecida a Acadêmicos da Abolição, terá “Os Reis da Rua” como Enredo para 2025, que será desenvolvido por uma comissão de carnaval composta por: Thayssa Menezes, Jovanna Souza, Raquel Martins e Pedro Duque.  

O enredo abordará a história e a importância cultural dos bate-bolas, figura tradicional durante o carnaval no subúrbio carioca. 

  1. Alegria do Vilar  
(créditos: reprodução/Instagram/@gresalegriadovilar)

A mais recém promovida para a série prata, a Alegria do Vilar é vizinha da Unidos da Ponte, pois também é situada na Cidade de São João de Meriti. A escola contratou o carnavalesco Plínio Santos para o desafio de se manter a um passo da Marquês de Sapucaí. Com passagens por Renascer de Jacarepaguá e Unidos da Barra da Tijuca, o artista desenvolverá o enredo “Zé Lourenço: do caldeirão da fé, a semeadoura da vida”. José Lourenço Gomes da Silva foi um beato paraibano que teve sua vida no interior cearense, na região do Crato, lugar no qual se tornou líder ajudando a desenvolver a comunidade local. 

  1. Unidos Do Jacarezinho 
(créditos: reprodução/sambanaintendente)

A escola rosa e branca do Carnaval, Unidos do Jacarezinho trouxe o argentino Carlos Eduardo para ter sua primeira escola como carnavalesco. 

E para isso desenvolverá o enredo: “Eureka! E fez-se a Luz!”, que abordará a luz e suas infinitas potencialidades. Passando pela história, acompanhando o homem em sua conexão com os fenômenos da natureza, e evolução científica, criatividade e espiritualidade. 

  1. Concentra Imperial 
(créditos: reprodução/samba na intendente)

Residida no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade. O Concentra Imperial se manteve por dois décimos na série prata, e irá trazer para 2025 o enredo: “Quem me guia”. Trazendo o poder e a proteção de quem guia espiritualmente. O enredo é de autoria do carnavalesco Davi Gbanna. 

  1. Império da Tijuca 
(créditos: reprodução/sitecarnavalesco)

Após dez anos ter o seu apogeu no carnaval de 2014, o Império da Tijuca pela primeira vez em sua história irá desfilar na Intendente Magalhães. E para já voltar para a Marquês de Sapucaí, contará com o carnavalesco Wagner Gonçalves que desenvolverá o enredo “Ebó, oferenda para os Deuses”. 

Mas afinal, que é o ebó? Ebó vem do Yoruba e significa oferenda, sacrifício em devoção aos orixás cultuados na Umbanda e no Candomblé. 

O ebó é uma prática do culto à Ifá e do Candomblé, e só pode ser revelado através do jogo de búzios ou Òpèlè Ifá (jogo de Ifá). Por estar sempre ligado a um Odù (caminho de Ifá) ou Orixá, somente os Babalaôs, Babalorixás ou Ialorixá podem interpretar o ebó caído no jogo. A escola abordará os significados e a relação com o império da tijuca. 

  1. Acadêmicos do Cubango 
(créditos: reprodução/site carnavalesco)

Acostumada a estar na série ouro, a representante de Niterói vem para o seu terceiro ano seguido na Intendente Magalhães, a Acadêmicos do Cubango terá como enredo “Ayan: o espírito dos tambores.” O enredo será a representatividade da ancestralidade por meio do som, a raiz primordial. O Tambor que serve como “depósito” que guarda os poderes divinos, sendo também, um veículo que propaga a voz e os sons. 

  1. Unidos da Vila Santa Tereza 
(créditos: reprodução/site galeria do samba)

Escola responsável por encerrar os trabalhos na série prata, terá como enredo o Jongo da Serrinha, intitulado “Salve Vovó Maria Joanna Rezadeira! Salve o Jongo da Serrinha! Saravá, Saravá, Saravá!”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Eduardo Gonçalves. 

O Jongo ou também Caxambu é um ritmo com origens angolanas e congolesas que predominou o Vale do Paraíba por conta da colheita de café e cana-de açúcar, sua dança consiste em um casal dançando no meio da roda por vez. Fortemente conhecido através do Jongo da Serrinha e que tem como seu principal nome Maria Joanna que também fundou o Império Serrano no morro da Serrinha, uma das maiores escolas de Samba carioca. 

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