Foto capa: Sharon Prais
Por Luiza Oliveira
Após a segunda melhor campanha do Time Brasil nas Olimpíadas em 2024, vale lembrar a origem de alguns atletas de sucesso que representaram o país na França. É indiscutível que, para se chegar a um patamar olímpico, o atleta já é vitorioso. Entretanto, muitas pessoas não têm conhecimento do começo das suas carreiras.
Rebeca Andrade, Isaquias Queiroz, Herbert Conceição e muitos outros, apesar de modalidades diferentes, são muito parecidos. Mas o que eles têm em comum? Todos deram o primeiro passo rumo ao sucesso em projetos sociais nas suas cidades natais. Em ano de Jogos Olímpicos, é importante mostrar que esses projetos foram responsáveis por 21% das medalhas conquistadas nos jogos de Tóquio, em 2020.
Rebeca, campeã olímpica e mundial, é natural de Guarulhos, em São Paulo, e deu os primeiros passos na ginástica artística aos 4 anos de idade, em um projeto social de iniciação ao esporte da prefeitura de Guarulhos.
O baiano Isaquias, ouro em Tóquio em sua categoria, iniciou a sua trajetória na canoagem por meio da Associação Cacaueira de Canoagem. O projeto social está em funcionamento há 36 anos e mantém uma escolinha gratuita de canoagem que atualmente atende cerca de 60 crianças. O projeto exige duas obrigatoriedades dos alunos: conhecimento de natação e boas notas na escola.
Natural de Salvador e campeão olímpico, o boxeador Herbert Conceição deu seus primeiros passos no esporte através do projeto Campeões da Vida, que já atendeu 8 mil crianças durante seus 31 anos de existência.
Ao mesmo tempo que projetos sociais desenvolvem milhares de atletas anualmente, muitos contam com pouco investimento por parte do Estado. Existem dois tipos de auxílio para atletas de alto rendimento: o Bolsa Atleta e o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR). Porém, a quantia proveniente dessa ajuda do governo não é suficiente para manter um atleta de alto rendimento. Um exemplo claro disso foi a própria Rebeca Andrade. A ginasta viajou para Tóquio com apenas um patrocinador.
Estudantes da turma de Projeto de Extensão da FACHA acompanharam um projeto social no Estado do Rio de Janeiro para realização do trabalho final da aula. O projeto Poder na Cesta tem como objetivo desenvolver as habilidades de jovens da comunidade da Cruzada no basquete.
Criado em março de 2023, surgiu da iniciativa do fundador Ítalo Lima em criar um projeto social com a missão de fomentar o basquete feminino e atender às outras demandas, oferecendo gratuitamente para jovens periféricos o aprendizado de um novo esporte e o acesso aos benefícios que essa prática pode trazer.

Créditos: Sharon Prais
Inicialmente, o Poder na Cesta estreou suas atividades em uma praça pública localizada na Cobal do Leblon. Hoje, graças a uma parceria, realizam as atividades na Escola Municipal Georg Pfisterer, no mesmo bairro.
Algumas das principais dificuldades do projeto são custeio das participações em competições e pagamento de taxas e aquisição de materiais, como uniformes e roupas. Além disso, eles têm custos com os voluntários e responsáveis do projeto. O Poder na Cesta é ativo no Instagram, mas não tem muita variedade nas postagens. Sendo assim, o engajamento que eles possuem na rede pode melhorar.
O projeto das alunas Flavia Engelke, Luiza Oliveira e Sharon Prais tem como objetivo mobilizar o público em relação ao auxílio de atletas que começaram em projetos sociais e, ao mesmo tempo, divulgar a importância do trabalho realizado por essas instituições. A ideia do grupo, inicialmente, é ajudar a impulsionar as métricas da principal rede social do projeto, o Instagram (@podernacesta).
