Foto Capa: reprodução/lance!
Por Adriano Farias
O judô pode não ser um dos principais esportes em questão de popularidade em nosso país. Mas se tem algo que não oferece chance a qualquer opinião contrária é de sua incrível importância para o Brasil quando o assunto é Olimpíadas. São nada mais nada menos que 28 medalhas conquistadas por judocas brasileiros na história dos Jogos.
Neste ano, em Paris, também foi a modalidade que mais cedeu pódios para nossa nação ao lado da ginástica. Além disso, igualou a própria marca de 2012, em Londres, quando o judô também nos havia garantido 4 medalhas. O que mostra a constância e a evolução desse esporte no cenário nacional, principalmente a partir do início deste século, no qual vieram a maioria dessas conquistas, e muitas delas inéditas e impactantes para expandir o uso de quimonos no Brasil.
Em 2004, nos Jogos de Atenas, Leandro Guilheiro e Flávio Canto abriram os caminhos para um século mágico para o judô brasileiro, os dois garantiram medalha de bronze naquela edição.
Na Olimpíada de Pequim, ocorreu um marco importadíssimo não só para a modalidade, mas também para o esporte brasileiro de maneira geral. Ketleyn Quadros conquistou o bronze e se tronou a primeira mulher do nosso país a conquistar uma medalha no judô. Além dela, os experientes Tiago Camilo e Leandro Guilheiro também garantiram o terceiro lugar no pódio, ambos se tornando medalhistas pela segunda vez.

Até este ano, Londres havia sido a cidade do maior feito de judocas brasileiros em Olimpíada. Se em 2008 Ketleyn se tornou a primeira mulher a subir no pódio, em 2012 foi a vez de Sarah Menezes realizar história e conquistar o primeiro ouro para o judô feminino. O Brasil ainda contou com três medalhas de bronze nessa edição, vencidas por Felipe Kitadai, Rafael Silva e Mayra Aguiar.

Numa Olimpíada em casa, a emoção de ganhar uma medalha parecia ser duplicada. E foi exatamente assim que Rafaela Silva conquistou sua primeira medalha olímpica, e logo uma de ouro. Para completar a festa na Rio 2016, Rafael Silva e Mayra Aguiar conquistaram seus segundos bronzes consecutivos.
Diferente das duas edições anteriores, o Brasil não conseguiu buscar um ouro no tatame em Tóquio. Mas nada diminuiu o tamanho da participação dos judocas, uma vez que Mayra Aguiar incrivelmente pela terceira vez seguida e Daniel Cargnin garantiram mais dois terceiros lugares para o país na modalidade.
Igualando 2012, os Jogos de Paris foram muito especiais para o judô nacional. Na segunda edição com a competição por equipes dentro da modalidade, o Brasil conseguiu conquistar a medalha de bronze, assim como Larissa Pimenta no individual. Além disso, mais dois grandes feitos entraram para conta de edição de 2024, Beatriz Souza se tornou a terceira brasileira a atingir o lugar mais alto do pódio em quatro Olimpíadas, e Willian Lima garantiu o melhor resultado entre os homens no século ao vencer a prata.

