Foto capa: Só Spaghetti Western
Por Joana Rodrigues
“Django livre” um filme feito por Tarantino, estrelado por “Jamie Foxx” e o “Leonardo DiCaprio” mostrando suas atuações impecáveis. Um filme de longa duração, como a maioria dos filmes de Quentin Tarantino, com uma estética bem marcante e cenas impactantes.
Qual a importância de uma produção audiovisual para a sociedade? E quais sentimentos a sétima arte é capaz de despertar nas pessoas? Cada indivíduo tem uma vivência e sente a dor de uma forma diferente. Ninguém pode julgar ou entender a dor de ninguém sem ter passado por isso na pele. E a pele preta carrega uma história que infelizmente os atinge até hoje.

Esse ano de 2024 pela primeira o dia da consciência negra, dia 20 de novembro é celebrado com um feriado nacional (Lei 14.759/23). Então para refletir nesse dia “Pega a pipoca” vai trazer um filme que foi recomendado por Caio George: “Django livre”. Disponível na Netflix.
“Meu nome é Caio George, tenho 24 anos, sou MC, produtor musical e MC de batalhas de rima. Pra mim, Django livre é um filme muito importante não só para a cultura negra, como para a cultura periférica em si, porque ele aborda de forma direta o passado do povo preto, e transforma toda a dor e sofrimento em algo ‘novo’. Mesmo sendo algo que foge da realidade, muita das vezes, continua sendo algo que nos traz esperança, ver um homem preto, escravo, com o mundo contra ele, conseguir conquistar seu objetivo, me deixa com o sentimento de que eu posso, de que eu consigo alcançar o que eu quiser.
Na minha visão, eu comparo Django livre com a música Olho de tigre do Djonga, são dois marcos da luta contra o racismo que empoderam a causa, e nos dá força pra lutar e enfrentar o mundo.”
De acordo com dados do Atlas da Violência 2024, entre todas as pessoas que foram assassinadas no Brasil 76,5% das pessoas eram pretas e pardas. Então o racismo não é uma problemática que ficou no passado. É uma reflexão para além da história escravocrata. O racismo é um problema social que ainda existe, ainda atinge, ainda mata e mata muito.
