“Studio F”: Alunos da UNIFACHA Vivenciam o Telejornalismo na Prática

Foto Capa: reprodução/StudioF

Por Arthur Líbero

Uma das funções mais conhecidas desempenhadas pelos jornalistas é a ancoragem, seja em rádio, televisão ou vídeo. No curso de Jornalismo da UNIFACHA, os alunos do 6º período fazem contato com essa atividade nas disciplinas de “Ancoragem em Vídeo e TV” e “Redação em Telejornalismo”.

É nessa etapa do curso que os alunos aprendem a linguagem usada na televisão e como apresentar um programa em formato de vídeo. Para isso, desenvolveram um projeto prático que consistiu em criar uma revista eletrônica com uma equipe completa, incluindo repórteres, redatores e editores-chefes.

Foi assim que surgiu o “Studio F”, com a orientação da professora Denise Lilenbaum. “Eu sempre achei que eles deveriam aprender como é produzir um telejornal diário, lidando com questões como relevância, o que é importante para noticiar à sociedade e como isso é montado. Com a chegada da metodologia ABP (Aprendizado Baseado em Projetos) na UNIFACHA, foi acordado que os alunos fizessem uma revista eletrônica para trabalharem com diferentes formatos já utilizados na televisão, como entrevistas, minidocumentários e simulações de entradas ao vivo”, explica ela.

(créditos: reprodução/UNIFACHA)

A turma foi dividida em grupos através de um sorteio realizado por Denise, e cada um ficou responsável por uma editoria. “Acho importante os alunos trabalharem com pessoas diferentes, e não só com seus amigos, já que o mercado de trabalho vai exigir isso deles”, explicou a professora. Foram definidas as editorias de Cultura, Meio Ambiente, Esporte, Rio, Política e Economia, e cada grupo escolheu um formato para abordar seu tema. Além disso, cada grupo tinha dois editores-chefes, que mantinham contato direto com Denise para que ela acompanhasse a execução das matérias.

Julia Rosenthal, aluna do 6º período, foi uma das editoras do Studio F e contou como foi feita a avaliação individual de cada aluno antes do início do projeto. “Nós tivemos três grupos, e cada grupo dividia as editorias entre si. Depois dessa divisão, nossa professora nos passou um trabalho individual, no qual cada integrante deveria trazer uma pauta relacionada ao tema de sua editoria. Por conta disso, tivemos a oportunidade de trabalhar com duas ou três pautas por editoria, e nossas escolhas foram guiadas principalmente pelo critério da relevância”.

Julia também explicou como o cuidado com os prazos foi crucial para a escolha das pautas: “As datas eram importantes, pois, como o trabalho era para o final de novembro, as pautas que aconteciam em setembro já se tornavam ‘frias’. Isso nos ajudou a entender melhor o critério da relevância”.

“Acredito que manter a firmeza tenha sido um desafio. A comunicação sempre é muito importante, mas se manter firme na prática é mais complicado. Em relação à organização, fico muito contente com a outra pessoa que foi editora-chefe comigo, a Milena. Conseguimos nos comunicar bastante e anotávamos tudo que a professora Denise falava. Nossa professora também disponibilizou um grupo com os editores para que pudéssemos tirar dúvidas, o que nos trazia segurança”, contou a estudante.

Veja como ficou o programa “Studio F”. 

Denise avaliou positivamente o programa, acreditando que ele pode se tornar também um portfólio para os próprios alunos, “acho que o resultado foi maravilhoso, porque eu propus um grande desafio no início do semestre, incentivando-os a sair de suas zonas de conforto. Eles mesmos se orgulharam do resultado, porque talvez esse tenha sido o trabalho mais complexo que fizeram. Quando ficou pronto, era como se o filho deles tivesse nascido”.

Julia destacou a importância do projeto para sua formação acadêmica, “acho que ter a oportunidade de pôr na prática tudo que vemos e ouvimos é muito importante para o nosso aprendizado. Não é fácil (risos), mas aprendemos muito sobre trabalho em equipe e comunicação interna. Esse projeto, pessoalmente, influenciou bastante no que eu gostaria de fazer profissionalmente no futuro. Depois dele, e de entender um pouco melhor como as coisas funcionam na realidade, venho refletindo muito sobre minha carreira. Acredito que isso também se aplica aos meus colegas, pois, embora tenha sido o trabalho mais complicado, foi o que nos ensinou as lições mais importantes”.

A estudante também deixou conselhos para os próximos alunos de Jornalismo da UNIFACHA que passarão pela disciplina, “comunicação, firmeza e proatividade serão fundamentais. Jogue-se de cabeça, porque aprendemos muito com esse trabalho. Mesmo que ocorram estresses, é importante ouvir o outro sem anular a sua própria voz. E divirta-se, ouça bem as aulas e, de preferência, anote tudo. Isso pode te ajudar no futuro”.

Sendo assim, o “Studio F” não apenas proporcionou aos alunos uma experiência prática enriquecedora, mas também serviu como uma ponte entre a teoria e a realidade do mercado de trabalho jornalístico. Ao enfrentarem desafios como relevância editorial, trabalho em equipe e gestão de prazos, os estudantes deram um passo significativo em sua formação profissional, desenvolvendo não apenas habilidades técnicas, mas também lições valiosas sobre colaboração e liderança.

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