O que faz e quem são os passistas de escola de samba? 

Foto de capa: Reprodução/instagram/@passistas

Por Bernardo Magno

A data vigente para o estado do Rio de Janeiro foi proposta em 2007, por Valci Pelé que atualmente ocupa o cargo de de diretor dos passistas da Unidos da Viradouro e de coreógrafo da comissão de frente da União do Parque Acari, escola pertencente à Série Ouro.

A ala de passistas normalmente é composta por homens e mulheres, das comunidades pertencentes às escolas e de torcedores que têm a arte de sambar nos pés. Trazendo uma interação com o público, descontração e leveza para o desfile. 

Conheça alguns nomes históricos dessa ala tão importante:

Maria Lata D’ Água

Crédito: Reprodução/O Globo

Maria começou no Salgueiro, porém a escola não permitiu que ela desfilasse com sua lata, por isso se transferiu para a Portela, tudo isso na década de 50. Maria também também passou por Estácio de Sá, Mocidade e Beija-Flor. 

A passista também serviu de inspiração para a canção “Lata D’ Água” da cantora Marlene, a música fez a fama no carnaval de 1952.

Paula do Salgueiro


Créditos: Site Carnavalize

Responsável pelo surgimento do termo “passista”, apelidada pelos jornalistas de “malabarista” pela sua forma única de sambar. Encontrou no Carnaval um novo sustento, Paula  passou a  ser figurante no teatro e  dançarina. Desfilou até 1980, na fundação da Tradição .

Pinah

Créditos: Reprodução/O Globo 

Foi no Salgueiro da década de 70 que Pinah conheceu Joãosinho Trinta, de quem virou amiga. Por lá viu os títulos de 74 e 75 e permaneceu por mais um ano, até 76, sua despedida, quando Mineira Mineira de Muriaé, se mudou para o Rio de Janeiro com dois anos de idade. Foi no Salgueiro da década de 70 que Pinah conheceu Joãosinho Trinta, de quem virou amiga. Por lá viu os títulos de 74 e 75 e permaneceu por mais um ano, até 76, sua despedida, finalmente aceitou o convite do amigo Joãozinho para ir para a Beija-Flor de Nilópolis. Em 1983, foi homenageada ao lado de outros grandes artistas negros pela azul-e-branca de Nilópolis, ganhando versos do samba com seu nome. O ano de 1989 marcou a despedida de Pinah da Avenida, no histórico desfile “Ratos e Urubus, larguem minha fantasia’’.

Nilce Fran 

Créditos: Notíciapreta.com

Uma das principais nomes dos passistas atualmente, é a diretora da ala na Portela e presidente da GRES Rosa de Ouro, integrante do grupo de avaliação no carnaval em 2025. Nilce Fran já foi porta-bandeira mirim, passista mirim e Rainha de bateria da Tabajara da Portela, está coordenando a ala de passistas da Escola desde 2005. Inclusive Bianca Monteiro, atual Rainha de bateria da Escola, foi lapidada por Nilce.

Para entender melhor o que é ser Passista, Letícia Loureiros Passista da Unidos da Tijuca conversou um pouco com o Em Todo Lugar.

Créditos: Reprodução/Instagram/@leleloureiros

‘‘Ser passista pra mim é representar o chão de uma escola com graça e samba no pé. É onde deixamos de lado os problemas e superamos nossos desafios pra levar alegria e representar um pavilhão. É onde o preto, o branco, o gordo, o magro, o rico e o pobre são iguais e se juntam pela arte do samba’’ diz a passista da Unidos da Tijuca pelo terceiro carnaval seguido.

“Essa data é uma vitória para nós passistas que muitas vezes não somos enxergadas durante o ano apesar de estarmos toda semana presentes nas quadras e nas ruas sempre no salto suandoe cantando temos um dia onde nós somos mais do que relevantes, somos notadas.” destaca a sambista sobre a relevância da ala no Carnaval.

‘‘Aconselho a seguir esse sonho pois o samba nos traz muitas oportunidades e também muitas alegrias. A arte do samba no pé não é só festa, além da dança ser um esporte (cura o físico), relaxa a mente, te apresenta pessoas incríveis, te leva a lugares inimagináveis’’ quando perguntada sobre o futuro daqueles que querem seguir sendo passistas.

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