Foto capa: Luna Cofré
Por André Zamora
No último domingo (16), a Praia de Copacabana foi palco do Rainha do Mar 2025, o maior evento de maratona aquática 100% feminino do continente. A competição contou com a Ana Marcela Cunha, campeã olímpica em Tóquio 2020, além de outras atletas de diversos países que elogiaram não apenas a organização e a atmosfera do evento, mas, principalmente, a qualidade das águas de Copacabana.

A prova principal foi marcada por uma disputa acirrada entre as competidoras. A italiana Barbara Pozzobon conquistou o título de Rainha do Mar 2025, superando a brasileira Ana Marcela Cunha na reta final. Ana Marcela, que buscava defender o título conquistado na edição anterior, ficou com a segunda colocação. A francesa Caroline Jouisse completou o pódio na terceira posição.

Um dos pontos altos do evento foi o reconhecimento das atletas à qualidade das águas de Copacabana. Viviane Jungblut, brasileira que competiu em Paris 2024, destacou as condições ideais para a natação, mas acrescentou que a grande dificuldade estava na corrida ao final da prova. Apesar de tudo, o contato com o público fez os desafios parecerem mais fáceis: “Ter esse contato com o público também torna a prova com outro astral”, disse.
A italiana Barbara Pozzobon, que se tornou a rainha do mar, ao superar Ana Marcela e Caroline Jouisse, também elogiou as águas cariocas que a coroaram no último domingo, e garantiu querer voltar para repertir o feito.
“É claro que eu quero voltar ao Rio, porque é muito bonito, o mar é limpo, o clima aqui é belíssimo.”
Já a monegasca Lisa Pou, que também esteve presente nos Jogos Olímpicos Paris 2024, comparou as águas cariocas às parisienses.
“Nadar em Copacabana é diferente porque pode acontecer de ter muitas ondas, mas no (Rio) Sena tem muita correnteza, eu acho que essa é a principal diferença. Eu prefiro Copacabana, muito mais, claro!”
Durante as Olimpíadas de Paris 2024, a qualidade das águas do Rio Sena foi alvo de muitas críticas, especialmente após a triatleta belga Claire Michel passar mal durante o triatlo feminino, levando sua equipe a desistir da prova. O episódio gerou um intenso debate nas redes sociais, onde o público ressaltou os esforços de despoluição da Baía de Guanabara para os Jogos Rio 2016 e os impactos das medidas adotadas na época. Já a vice-campeã, Ana Marcela, foi firme ao dizer que esse assunto nem de longe é polêmico. Afinal para ela, estar em casa não tem comparação
“(Prefiro) Copacabana, não tem nem o que pensar. Eu acho que eles vivem a parte olímpica que a gente viveu também aqui, em 2016, até com a despoluição da Guanabara. Paris, Rio Sena não é nossa casa, isso aqui é a nossa casa”.
