_{Foto Capa: reprodução/MacMagazine}

Por Arthur Líbero

Desde a chegada da internet, a forma como as pessoas consomem música tem chamado a atenção do mercado fonográfico no mundo inteiro. Se antigamente era necessário comprar um CD para ter acesso aos lançamentos de seus artistas favoritos, hoje basta acessar qualquer plataforma de áudio para fazer isso.

A geração Z talvez nem saiba o que significa colecionar CDs ou juntar dinheiro para comprar o material físico de cada artista. Essa mudança também afetou a forma como os ídolos musicais dessa mesma geração passaram a lucrar com seus projetos.

Segundo dados recentes divulgados pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), em 2023, o mercado global de música gerou US$ 26,2 bilhões, um crescimento de 10,2% em relação ao ano anterior. Os dados também apontam que 67,1% dessa receita veio dos serviços de streaming.

Além disso, o número de assinantes pagos subiu para 600 milhões de usuários no mundo inteiro, sendo 236 milhões apenas no Spotify, que atualmente lidera o ranking entre as plataformas.

Ouvir música via streaming também se tornou um hábito consolidado entre as pessoas. Segundo a MRC Data, houve um aumento de 30% no número de usuários que passaram a consumir música dessa forma ao longo da última década. Esse crescimento se deve, em grande parte, à facilidade de acesso e ao custo zero para os usuários que optam pelas versões gratuitas das plataformas, sem precisar recorrer a downloads ou à compra de álbuns físicos.

Falando do Brasil, de acordo com a Pro-Música Brasil, o país registrou um aumento de 24,4% no consumo de faixas via streaming em 2023. Esse dado supera a quantidade de downloads digitais e de vendas de formatos físicos, que ainda existem, mas perdem relevância com o passar do tempo.

Essa realidade tem levantado um debate sobre a remuneração de músicos e compositores, que passou por uma mudança significativa nos últimos anos, já que a forma de se obter receita foi transformada. Diante desse cenário, é essencial que os profissionais da indústria fonográfica estejam preparados para as novas dinâmicas do mercado, impulsionadas pelo avanço tecnológico, que continuará impactando diretamente o consumo de música no mundo todo.

Matéria produzida nas aulas do Projeto de Jornalismo de Dados, com supervisão do professor Bruno Ferrari