Foto Capa: repprodução/Instagram/@hairmusicalbr
Por Malu Valle
Quem gosta de teatro musical não pode perder, o clássico Hair traz a Era de Aquarius de volta aos palcos brasileiros. O espetáculo revive o espírito rebelde dos anos 1960, combinando música, críticas sociais e um elenco cheio de energia. Mesmo depois de mais de 50 anos, Hair continua mais atual do que nunca.
A trajetória de Hair
Hair estreou em 1967 no Off – Broadway, durante o crescimento do movimento hippie e de protestos contra a Guerra do Vietnã. A peça revolucionou o teatro musical, trazendo para o palco temas até então pouco explorados, como a liberdade sexual, a defesa da paz e a resistência contra o poder autoritário. Com músicas que são hinos até hoje, o espetáculo mostrou o espírito de uma geração que queria romper barreiras e mudar o mundo, e, desde então, nunca mais saiu de cena.
Além dos palcos, Hair também ganhou as telas em 1979, com um filme dirigido por Milos Forman. A adaptação mantém a essência do musical, mas aprofunda ainda mais as tensões políticas e sociais da época, mostrando o conflito entre gerações e o impacto da guerra na vida dos jovens. Com cenas carregadas de rebeldia e emoção, o filme reforça a força e a relevância dessa história que atravessa gerações.
Hair no Brasil
A nova montagem brasileira de Hair, produzida pela AVENTURA e dirigida por Charles Möeller e Claudio Botelho, chega com tudo no Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro, onde fica em cartaz até 21 de setembro.
O elenco é um espetáculo à parte, reunindo talentos como Rodrigo Simas, Eduardo Borelli, Estrela Blanco, Thati Lopes, Drayson Menezzes, Giovanna Rangel, Beatriz Martins, Pietro Dal Monte, Thuany Parente, Carol Lippi e muitos outros. Os atores entregam talento e intensidade para manter viva a essência revolucionária do espetáculo.

Além de toda a força da direção de Möeller e Botelho, a montagem aposta em uma abordagem contemporânea que dialoga com o público atual, sem perder a essência que transformou Hair em um marco do teatro musical. Com cenas cheias de ritmo, emoção e um toque de brasilidade, o espetáculo ganha um tom único, mostrando que essa história segue pulsante e necessária.
As músicas de Hair são grandes destaques do musical, com uma mistura vibrante de rock e sons que marcaram uma geração, e seguem emocionando plateias até hoje. Clássicos como “Aquarius”, “Let the Sunshine In” e “Easy to Be Hard” falam de esperança, liberdade, amor e protesto, temas que continuam atuais. Na montagem brasileira, a tradução para o português aproxima ainda mais o público, mantendo o impacto, a poesia e a emoção das letras originais. O resultado são arranjos vibrantes e interpretações intensas que fazem quem assiste se entregar de corpo e alma.

Assistir Hair é também presenciar um encontro de gerações. Na plateia, jovens que talvez estejam descobrindo o musical pela primeira vez dividem espaço com pessoas que viveram a intensidade dos anos 1960 e 1970. É bonito ver como a energia do espetáculo atravessa o tempo e continua despertando emoções, lembranças e, principalmente, reflexões. Cada geração se conecta da sua maneira, mas todos saem com a sensação de que algo importante foi dito, cantado e sentido.
Seja pela história, pela música ou pela energia do palco, Hair continua sendo uma experiência única e necessária. Essa montagem brasileira de 2025 prova que, mesmo depois de tantas décadas, a mensagem de liberdade, amor e resistência segue pulsando forte, e que vale muito a pena deixar o mundo lá fora por algumas horas para se conectar com essa tribo.
Os ingressos podem ser comprados no site Ingresso.com ou na bilheteria do teatro, a partir de R$ 25,00 a meia-entrada. Depois, o espetáculo segue para São Paulo, com estreia marcada para o dia 24 de outubro no BTG Pactual Hall, e os ingressos já estão sendo vendidos pelo Sympla. Vale lembrar, a classificação do espetáculo é 16 anos. Adolescentes a partir de 14 anos podem assistir, desde que acompanhados de responsáveis legais, ou acompanhantes autorizados e maiores de 18 anos, mais informações no instagram @hairmusicalbr.
Não perca essa oportunidade, vá ao teatro, deixe o sol entrar e viva a liberdade que Hair celebra até hoje.

