Foto Capa: Luísa Bacelar
Por Luísa Bacelar

Mais do que apenas uma exposição, Cazuza Exagerado é, para os fãs, um acalanto e um mergulho na trajetória, nas obras e na personalidade irreverente e intensa de um dos maiores ícones do rock nacional. Em cartaz até agosto no Shopping Leblon, no piso G3, a exposição apresenta nove salas imersivas que misturam experiências sensoriais e um acervo exclusivo de Lucinha Araújo, mãe do cantor, em parceria com a Sociedade Viva Cazuza.
Entre os espaços, são destaques as salas Agenor-Caju, Maior Abandonado, Eu Sou Manchete Popular e Eu Ando Muito Bem Acompanhado. A experiência leva o público a uma viagem que começa no nascimento de Cazuza, passa por sua infância e adolescência, os primeiros passos no teatro, o início no Barão Vermelho e os sucessos de seus discos solos até o início da luta contra a AIDS e o emblemático show O Tempo Não Para, realizado no Canecão, no Rio de Janeiro. A exposição também recorda suas participações em programas de TV, novelas e filmes como Bete Balanço e Um Trem Para as Estrelas. Em cada ambiente, a cenografia e os recursos tecnológicos reconstroem os cenários que Cazuza frequentava.
Com cerca de 700 itens pessoais, incluindo figurinos, cartas, letras de músicas escritas à mão e objetos raros, a exposição também se destaca pelo uso de inteligência artificial na sala Cazuza por Toda Parte, que exibe fotos únicas do artista. Também são ambientados locais importantes como o camarim de Cazuza no Canecão e sua famosa van de veraneio preta, batizada como Caravana do Delírio, que dá nome à sala com homenagens de familiares e amigos após o falecimento do cantor, em 1990.
A exposição emociona tanto os fãs quanto quem conhece apenas algumas de suas músicas. O acervo disponibilizado por sua mãe revela quem Cazuza realmente foi: exagerado, inteligente, atual e inesquecível na vida de quem conviveu e de quem não chegou a conhecer. A exposição tem o poder de transformá-lo em arte viva. Mais do que ouvir suas músicas, o público pode escutar sua voz em reportagens, depoimentos e gravações de músicas em fitas cassetes originais. A mostra expõe um artista que viveu com intensidade e autenticidade, sem medo de dizer o que sentia ou o que pensava. Ao final, resta a nostalgia e a sensação de que ainda falta algo para descobrir.

A experiência está aberta ao público de segunda a domingo. Durante a semana, funciona das 10h às 22h; aos finais de semana e feriados, das 13h às 21h. A classificação é livre e a duração é de 60 minutos, mas o público pode aproveitar o tempo que for preciso. Os ingressos estão disponíveis no site oficial e custam a partir de R$40 nos dias úteis e R$50 aos finais de semana. Em datas promocionais, os valores ficam a partir de R$30.
