Foto capa: Volleyball World
Por Arthur Werneck
A Seleção Brasileira Feminina de Vôlei venceu o Japão por 3 sets a 2 e garantiu vaga na final da Liga das Nações contra a Itália. As parciais foram 23 a 25, 25 a 21, 25 a 18, 19 a 25 e 15 a 8.
1° Set
Com Ishikawa no saque, o Japão começou melhor e abriu 3 a 0, explorando as dificuldades do Brasil na recepção. A equipe de Zé Roberto tentava se encontrar, mas os erros técnicos persistiram, especialmente no ataque, e as japonesas ampliaram a vantagem para 8 a 5, forçando o treinador brasileiro a pedir tempo. A parada, no entanto, não surtiu efeito imediato. Com forte defesa e precisão nas diagonais, o Japão seguiu controlando o set e chegou a abrir 14 a 8, dominando as ações.
A reação brasileira começou com a entrada de Macris, que deu mais ritmo ao time. A defesa passou a funcionar melhor, o bloqueio encaixou, e o Brasil cresceu na virada de bola. Gabi brilhou na reta final, liderando a virada para 20 a 19. O jogo ficou equilibrado pela primeira vez, com trocas intensas de pontos, mas a equipe asiática se manteve firme e fechou a parcial em 25 a 23 com ponto de Wada.
2° Set
O segundo set começou equilibrado, com as equipes trocando pontos e se revezando no placar até 10 a 9 para a seleção brasileira. O Brasil acionou Rosamaria no ataque, que pontuou bem e também passou a crescer na defesa, abrindo sua primeira vantagem em 13 a 10. A seleção seguiu controlando o jogo, aproveitando os erros do Japão, que se desestabilizou e viu o Brasil ampliar para 15 a 11.
Com boa distribuição de Macris e Gabi sendo decisiva na recepção e no ataque, o time brasileiro chegou a 20 a 13. As japonesas reagiram após tempo técnico e reduziram a diferença para 20 a 15, além de salvar três set points. Mas o Brasil manteve a calma e fechou a parcial em 25 a 21, empatando o jogo com ponto de Gabi.
3° Set
O terceiro set teve o mesmo enredo do anterior. Equilibrado e com ralis intensos, as equipes trocaram pontos até a reta final. Apesar do equilíbrio, o Brasil esteve com vantagem mínima de dois pontos ao longo da disputa e soube lidar com a pressão.
Na reta final, as brasileiras abriram quatro pontos em 20 a 16 e contaram com Marcelle brilhando na defesa, o bloqueio funcionando e o ataque constante para garantir a vitória por 25 a 18.
4° Set
No início do quarto set, o Brasil voltou em ritmo abaixo e viu o Japão aproveitar para retomar o controle da partida. Com uma defesa consistente e bem postada, as asiáticas abriram vantagem logo nos primeiros pontos, dificultando a virada de bola brasileira. A seleção teve dificuldades para se encontrar em quadra e precisou correr atrás do prejuízo.
Gabi e Julia Bergmann assumiram a responsabilidade e lideraram a tentativa de reação. O Brasil chegou a encostar no placar e teve a chance de empatar em 20 a 19, mas não aproveitou o momento. O Japão manteve a consistência e se impôs na reta final com uma boa sequência de pontos, fechando o set em 25 a 19.
5° Set
Com o trauma da eliminação para o Japão na semifinal da VNL de 2024 ainda fresco, o Brasil entrou determinado a mudar o desfecho no tie-break. Com um início avassalador, a seleção impôs seu ritmo e abriu 5 a 1, com destaque para o bloqueio, que voltou a funcionar bem nos momentos decisivos.
Com a vantagem nas mãos, a equipe de Zé Roberto mostrou maturidade para controlar o jogo até o fim. Sem dar espaço para uma reação japonesa, o Brasil fechou a parcial em 15 a 8. O ponto final foi de Julia Bergmann, que anotou 24 na partida, apenas um a menos que Gabi, a maior pontuadora do confronto, com 25.

E a final?
A grande decisão marca o encontro das equipes com as melhores campanhas na Liga das Nações.
O Brasil tem uma campanha quase perfeita. Foram 14 jogos e 13 vitórias, com o único revés justamente diante da Itália, na fase classificatória, no Maracanãzinho. Na fase final, a equipe de Zé Roberto eliminou Alemanha e Japão para chegar à decisão.
Se a seleção brasileira tem uma campanha quase perfeita, a Itália tem a campanha perfeita. São 14 vitórias em 14 jogos, sendo a única seleção invicta na competição. Na fase final, as italianas passaram por Estados Unidos e Polônia com autoridade.
A equipe comandada por Zé Roberto busca o inédito título da Liga das Nações. Desde a criação do torneio, em 2018, o Brasil disputou três das seis finais realizadas, mas ficou com a prata em todas elas.
Após dois anos fora, a seleção volta à final justamente contra a Itália, adversária da última decisão em 2022, buscando uma revanche para conquistar o topo do pódio pela primeira vez. A partida será domingo (27/07), às 15h.
