O Folclore no audiovisual 

Foto capa: Reprodução/ Caminha rsaudavel

Por Mariana Domingos

No dia 22 de agosto, é comemorado o Dia do Folclore. Data criada a fim de valorizar a nossa rica cultura popular no mundo inteiro. Nesse sentido, nos últimos anos o audiovisual buscou homenagear grandes contos mitológicos que caíram na graça dos espectadores. 

Ritinha, a filha do Boto-cor-de-rosa 

Em 2017, a novela “A Força do Querer” abordou a história de uma das protagonistas como filha do boto. A personagem acreditava ser progênita desse ser-mítico. Além disso, Ritinha se reconhecia como uma sereia, uma vez que tinha um forte laço parental com o boto-cor-de-rosa e uma paixão por nadar nos rios de  Parázinho (cidade fictícia criada para a novela). A personalidade da personagem é baseada a partir das características de uma sereia, como exemplo: bonita, sedutora, atraente e manipuladora.  

Como resultado, o final de Ritinha é condizente com o estilo de vida conhecido dos contos de sereias: livre e independente, sem restrições do mundo terrestre e vivendo dos seus próprios desejos. A novela foi um sucesso de audiência, Ritinha caiu nos braços do público brasileiro e, consequentemente, as lendas e os mitos brasileiros voltaram a serem disseminados e valorizados pela população. 

Foto: Divulgação/A Força do Querer/TV Globo 

Cidade Invisível 

 Série produzida pela Netflix, ambientada no Rio de Janeiro contemporâneo. Eric, um policial ambiental sofre com a perda misteriosa de sua esposa. Após um encontro entre o protagonista e o boto-cor-de-rosa na praia, ele abre uma investigação e descobre que sua esposa foi uma vítima de conflitos do mundo sobrenatural. 

Foto: Divulgação/Netflix

Assim como a personagem de “A força do querer”, em “Cidade invisível” as lendas do folclore são vivenciados por pessoas reais, no entanto, são entidades folclóricas que se dividem entre o mundo terrestre e o mitológico. A obra foi de suma importância para preservar uma memória nacional dos mitos brasileiros nos dias atuais, assim como, ressignificar a lenda da “Mula sem cabeça”, que é fundamentada em uma visão depreciativa da mulher.  Ademais, discutiu problemas ambientais e a necessidade de preservar áreas devastadas pelos homens.  

 Apesar da série ter sido um sucesso, ocupando os “10 melhores” da Netflix em 10 países espalhados pelo mundo, foi também, duramente criticada pela falta de representatividade indígena em uma obra que mostra contos com forte influência indígena e passados no Norte do país. 

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