_{Foto Capa: Divulgação/Twitter/Corinthians} 

Por Gustavo Leal

Em 1º de setembro de 1910, cinco operários do bairro do Bom Retiro, Joaquim Ambrósio, Antônio Pereira, Rafael Perrone, Anselmo Corrêa e Carlos da Silva, reuniram-se à luz de um lampião e fundaram o Sport Club Corinthians Paulista. O primeiro presidente, Miguel Battaglia, definiu o espírito que acompanharia o clube ao longo da história: “O Corinthians será o time do povo”. O nome foi inspirado no Corinthian Football Club, equipe inglesa que havia encantado o Brasil em excursões. 

Nas décadas seguintes, o Corinthians consolidou-se como força no futebol paulista. Entre os anos 1920 e 1940, conquistou diversos títulos estaduais e revelou ídolos como Neco, Teleco, Brandão e Servílio. De “time de várzea”, passou a protagonista da elite do futebol paulista. 

Entre 1982 e 1984, surgiu um dos momentos mais marcantes da história do clube: a Democracia Corinthiana. Liderado por Sócrates, Wladimir, Casagrande e Zenon, o movimento introduziu a autogestão, com decisões tomadas por voto igualitário, do presidente ao massagista. Em 1982, a equipe estampou nas camisas a frase “Vote em 15”, incentivando a participação política nas eleições. O lema era claro: “Ganhar ou perder, mas sempre com democracia”. O sucesso foi imediato: títulos paulistas em 1982 e 1983, além de avanços na gestão financeira. 

Após esse período, o Corinthians viveu conquistas históricas, incluindo títulos brasileiros, a tão sonhada Libertadores e o Mundial de Clubes. Porém, atualmente atravessa uma das piores crises políticas e financeiras de sua trajetória. A ligação com o povo e a tradição de resistência permanecem, mas o clube precisa de renovação institucional para voltar ao caminho vitorioso.