Surfistas brasileiros e suas histórias no WSL Finals: a Brazillian Storm 

Foto Capa: WSL/Ed Sloane 

Por Natália Magnani 

Criado em 2021, o WSL Finals tem como objetivo consagrar os campeões da elite do surf global, sem a preocupação de títulos decididos com antecedência ou falta de competitividade. O formato é composto pelos cinco mais bem colocados do ranking definido na temporada regular em ambas as categorias – feminina e masculina. O evento ocorre em um só dia e, ao fim das cinco baterias surfadas, serão coroados os dois novos campeões mundiais. 

Marcado pela famosa Brazillian Storm, o formato vem trazendo bons resultados para os atletas locais. Atrás apenas da Austrália com quinze participações, o Brasil conta com três títulos e treze aparições na decisão – sendo elas três no feminino e dez no masculino em, até então, cinco edições. 

Gabriel Medina: Tendo garantido o título em 2021, Medina se classificou em primeiro do ranking e só precisou surfar uma única bateria para ter o troféu em suas mãos. Apesar de ser tricampeão mundial, esta foi a única aparição do atleta no evento, tendo em vista que o mesmo tirou um tempo do esporte para cuidar de sua saúde mental no ano de 2022 e no momento está se recuperando de uma lesão no ombro. Após altos e baixos, Gabriel Medina garantiu a medalha de bronze nas Olímpiadas de Paris em 2024, depois de quase quatro meses lesionado. 

Gabriel Medina (créditos: reprodução/WSL/Ed Sloane)

João Chianca: Local de Saquarema, João – mais conhecido como Chumbinho – participou da WSL Finals em 2023, tendo se classificado em quarto lugar e surfado duas baterias. Chumbinho foi eliminado pelo australiano Ethan Wing e ainda busca o título. 

João Chianca (créditos: reprodução/WSL/Thiago Diz)

Filipe Toledo: Bicampeão em 2022 e 2023, o surfista também participou da decisão na primeira edição do evento em 2021, se classificando em terceiro lugar e chegado até a bateria final, sendo derrotado por seu compatriota, Gabriel Medina. Toledo tirou um ano sabático em 2024 também para cuidar da saúde mental e voltou às atividades no início desse ano. Em ambos os anos de suas conquistas, Filipe se classificou em primeiro no ranking. 

Filipe Toledo (créditos: reprodução/WSL/Thiago Diz)

Tatiana Weston-Webb: sendo a única mulher brasileira a participar do Finals, Tati fez aparições nos anos de 2021, 2022 e 2024, se classificando em segundo, terceiro e quinto lugares, respectivamente. A surfista chegou à última bateria no primeiro ano da competição, sendo derrotada posteriormente pela havaiana Caroline Moore. Mesmo ainda não tendo garantido o título, a brasileira conquistou a medalha de prata também nas Olímpiadas de Paris no ano passado. Tatiana Weston-Webb anunciou uma pausa na carreira em março deste ano, porém abriu uma exceção para surfar a etapa de Saquarema do circuito mundial realizado em julho. 

Tatiana Weston (créditos: reprodução/Reuters/Carlos Barria)

Ítalo Ferreira: Marcando presença pela terceira vez na decisão deste ano, o atleta também participou das edições de 2022 e 2024 – em ambas chegando na última bateria. Dono do campeonato mundial de 2019, Ítalo busca aumentar o seu número de conquistas. Classificado em quinto lugar, o surfista vê uma extensa trajetória até o troféu e deverá ganhar quatro baterias se quiser se tornar bicampeão do mundo. Ítalo Ferreira também fez história ao conquistar a medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio em 2021, sendo o primeiro campeão do surfe nas Olimpíadas, esporte introduzido naquela mesma edição. 

Ítalo Ferreira (créditos: reprodução/WSL/Ed Slone)

Yago Dora: Finalista e líder do ranking do circuito mundial de 2025, assim se define a primeira participação de Yago na WSL Finals. Dono da lycra amarela reservada ao melhor colocado da temporada regular, o surfista possui grandes chances de conquistar o tão sonhado título mundial, já que irá surfar somente uma vez no dia. Favorito no confronto, Yago Dora está à uma bateria de se tornar o campeão mundial da WSL em 2025. 

(créditos: reprodução/WSL)

Além dos dois brasileiros, o sul-africano Jordy Smith, o americano Griffin Colapinto e o australiano Jack Robinson também seguem na disputa pelo troféu, classificados respectivamente em segundo, terceiro e quarto lugar no ranking.  A WSL Finals 2025 acontece entre os dias 26 de agosto e 4 de setembro nas famosas ondas de Cloudbreak, Fiji. 

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