Foto capa: Roberto Moreyra / Extra/Agência O GloboFoto
Por Bernardo Magno
Os Santos Cosme e Damião, segundo a tradição católica, nasceram no território onde é atualmente a Síria durante o século III, eram médicos que não cobravam nada para cuidar dos enfermos e ficaram conhecidos por conta da bondade nos atendimentos principalmente com as crianças.
O dia dos gêmeos gera confusão até hoje em ser celebrado em 26 ou 27 de setembro, essa dúvida é causada pelos motivos diferentes que a Igreja Católica e algumas casas da Umbanda comemoram. Para o catolicismo, o dia vinte e seis de setembro representa o dia em que foi construída a basílica de São Cosme e Damião, a pedido do Papa Félix IV em Roma.
Já para a Umbanda, é celebrado no dia vinte e sete pois é nesse dia que é comemorado o dia dos erês, o espírito de criança que existe em cada um de nós
Em entrevista à Agência Brasil, o professor Agnaldo Cuoco Portugal, do Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília (UnB) afirma, ‘‘para o catolicismo, não havia nenhuma ligação entre os irmãos e as crianças ou a distribuição de doces. Essa prática veio da associação que os escravos fizeram de Cosme e Damião a orixás da umbanda e do candomblé: os Ibejis, filhos gêmeos de Xangô e Iansã’’.

Nas festas de Umbanda e Candomblé, há essa tradição de se entregar os doces e é uma forma de agradecer às graças recebidas e de alimentar essa criança que existe em cada um de nós. A entrega do doce representa uma vida mais doce, alegre, bela.
Na Bahia, há a tradição de se fazer caruru, que é um prato feito com quiabo, camarão e azeite de dendê entre outros temperos. Ele sempre é sempre oferecido primeiro as crianças.
