Foto capa: Luna Cofré
Por Fernanda Farias e Gabriela Machado
Nesta terça-feira, dia 18 de novembro, a câmara municipal, por realização do Lance, reuniu num painel diversos debates sobre os novos rumos da cidade como capital do esporte. No primeiro painel tivemos a presença do presidente Carlo Caiado, Djalma Neves, presidente da FAERJ (Federação de Automobilismo do Estado do Rio de Janeiro), Luiz Strauss, presidente do Visit Rio e o piloto Fabinho Drifts, trazendo as novidades sobre a construção do novo autódromo do Rio de Janeiro, em Guaratiba, zona oeste. São 13 anos sem um autódromo na cidade, desde a demolição do autódromo Jacarepaguá em 2012 para a construção do parque olímpico, e muito em breve, com a previsão de finalização em 2028, a cidade do Rio de Janeiro será inserida novamente no protagonismo automobilístico.
Os debatedores, durante toda a palestra, reforçaram que o que está por vir traz consigo um diferencial ainda mais grandioso que qualquer autódromo já visto, tanto nos aspectos econômicos, infraestruturais e turísticos. A mobilização será grande, já que se trata da cidade maravilhosa, que já é um ponto valioso no que diz respeito à acessibilidade, em comparação ao autódromo Interlagos em São Paulo. “A gente já é prova viva disso, quem foi lá e tentou acessar o autódromo em dia de evento, é quase que inviável e já visto aqui no Rio de Janeiro, a nossa locomoção, o deslocamento vai ser muito melhor”, diz o piloto Fabinho Drifts, afirmando esse diferencial em cima de Interlagos.

A chegada do autódromo no Rio trará mais visibilidade para a cidade e principalmente para a Zona Oeste, que já tem um adensamento no que se refere à importância de poder ter equipamentos que possam gerar economia para a cidade, e agora com um novo foco levar um equipamento que vai gerar o aspecto ambiental, o aspecto econômico, o aspecto turístico para essa região, e que possa também gerar aquilo que a gente sempre é muito demandado naquela região, a empregabilidade.
O presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Carlo Caiado, falou sobre a tamanha importância de um autódromo em Guaratiba, destacando o diferencial do projeto com a união do aspecto ambiental, econômico e urbanístico. “Nós temos ali 300 mil metros quadrados de área de preservação, que está incluído no projeto, e ter um parque aberto, obviamente no período que não tiver evento, para a sociedade civil. Então isso, de fato, já gera um aspecto de melhorar a qualidade de vida”. Além disso, o presidente também ressaltou a geração grandiosa de economia para a cidade, dando como exemplos as casas que podem virar Airbnb em temporada de eventos, pousadas e restaurantes, gerando bastante empregabilidade no local e principalmente os eventos que mais geram produtividade no local, citando a Fórmula 1, que ocorreu no autódromo Interlagos, mas que gerou em torno de 2 bilhões de reais de economia para a cidade.

O CEO do Lance, Paulo Ganime, ressaltou os benefícios da construção do novo autódromo para a cidade: “Eu acho que primeiro o autódromo antigo não deveria ter deixado de existir. Claro, tem o contexto, mas foi uma pena ter acontecido isso, né? E agora eu acho que está resolvendo um problema que foi criado no passado. A gente vê hoje a Fórmula 1 em São Paulo, ela movimenta muito a economia, gera muito turismo e tudo mais”. Paulo também reforçou sobre o automobilismo não ser resumido à Fórmula 1, citando a Fórmula Indy aqui no Rio e diversos outros eventos automobilísticos. O CEO finalizou enfatizando a importância do autódromo no Rio para além de atrações desses eventos e desenvolvimento econômico, mas também para aqueles que gostam de assistir e de praticar também o automobilismo mesmo de forma mais amadora.
E terá a Fórmula 1 no Rio de Janeiro com a chegada do novo autódromo?? Com certeza a pergunta mais aguardada a ser respondida pelos palestrantes e as expectativas para esse marco são muito positivas, os debatedores afirmaram sobre a possibilidade e os benefícios que essa transferencia de São Paulo para o Rio de Janeiro trará para o evento, e ainda destacaram que a cidade está mais que pronta para a Fórmula 1.

Após o término da palestra, a estudante de jornalismo e amante do automobilismo, Luna Cofré, comentou sobre a construção do novo autódromo: “Era muito importante ter o autódromo Jacarepaguá, que foi o autódromo que recebeu a Fórmula 1 nos anos 80. Então agora, com os planos de Guaratiba, vai ser uma nova construção desse mercado aqui dentro, para talvez no futuro a gente conseguir desenvolver melhor esse mercado no Rio de Janeiro.”
