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Por João de Paula
A banda constituída por Charles Gama (guitarra e vocal), Chaene da Gama (baixo) e Rodrigo Augusto (bateria) foi formada em 2014 em Uberaba – MG e é conhecida por suas músicas que abordam temas como política, discriminação e sempre com um tom agressivo e poderoso em suas letras e arranjos. A banda, que já é figurinha carimbada em festivais como Rock in Rio e Knotfest, segue na turnê de seu último lançamento, o Perpétuo, lançado em maio de 2024 e aproveitou sua presença no Rio de Janeiro para gravar seu primeiro material audiovisual.
A abertura das atividades ficou pela banda paulista Punho de Mahin e, mesmo para um público relativamente médio, conseguiu chamar a atenção de todos os presentes com seu hardcore recheado de atitude, política e, acima de tudo, representatividade. O show começou pontualmente às 21h e levantou a todos que chegaram cedo, puxando até um mosh só para as mulheres, frisando toda a importância do público feminino no metal e no punk rock.

Logo após a abertura, a montagem de palco foi o suficiente para deixar todos os fãs ansiosos e, às 22h25 da noite, a banda entrou no palco sem cerimônia e começou o show com a poderosa Padrão é o Car#lho, incendiando a casa com sua sonoridade que mistura o peso do crossover thrash com uma pitada de um groove mais puxado para o nu metal ou até mesmo para o soul. O show seguiu com a grosseira Provérbios e a catártica Mosha, que foi a responsável pela maior roda da noite, com direito a filmagem profissional dentro do público.
O show foi carregado de insanidade e mensagens políticas do início ao fim, onde a banda discursava sobre pautas importantes como racismo, a opressão policial e a inclusão dentro da cena do metal. Músicas como Fogo nos Racistas e Sem Anistia demonstraram bem a força do engajamento político dentro da proposta da banda, promovendo gritos antirracismo e gritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, conquistando mais ainda o público já totalmente dominado pela catarse e pela performance.
Ao fim, o Black Pantera fez um show que entrará para a história da música moderna e da cena underground, marcando definitivamente o seu nome dentro da cultura brasileira e fazendo jus ao posto de maior banda de metal brasileira do momento.
