_{Foto capa: Bryn Lennon – Formula 1/Formula 1 via Getty Images}

Por Natália Magnani

Depois de vinte e quatro etapas disputadas e quatro continentes visitados em 2025, a Fórmula 1 finalmente conheceu o seu novo campeão na manhã deste domingo (7) no Circuito de Yas Marina, Abu Dhabi. Apesar de ter terminado a corrida de encerramento apenas na terceira posição, o britânico Lando Norris fez uma temporada digna de título: com 7 vitórias, e 7 pole positions, o jovem de 26 anos teve uma campanha marcada pela consistência e estratégia, somando 423 pontos no total – apenas dois pontos na frente do holandês Max Verstappen.

A disputa do título se estendeu até a última etapa com três fortes concorrentes: Lando Norris e Oscar Piastri, ambos da equipe McLaren – e Max Verstappen, da equipe RedBull. O campeonato da McLaren demonstrou a força do time, com Piastri liderando a tabela por grande parte do campeonato. No entanto, Norris capitalizou em acidentes e erros do colega na reta final – como nos GPs da Itália e Azerbaijão – assumindo a ponta após a vitória no México. Sua regularidade e melhora constante no desempenho do carro da equipe britânica foram fatores decisivos no resultado da temporada.

Norris chegou à final com 12 pontos de vantagem sobre Verstappen. A corrida começou com Verstappen na ponta e a dupla da McLaren orquestrando uma estratégia notável: Piastri chegou a ultrapassar Norris, forçando o ritmo de Verstappen e protegendo Lando Norris da Ferrari de Charles Leclerc. Yuki Tsunoda, companheiro de Max Verstappen, até tentou impedir a McLaren de avançar na pista, porém foi punido com cinco segundos por forçar a disputa contra Norris – o que garantiu que o piloto mantivesse a terceira posição, vital para o campeonato. Assim, o mais novo campeão guiou sua McLaren com o regulamento debaixo do braço, cruzando a linha de chegada em direção à glória.
O título de Lando Norris não celebra apenas a ascensão de um jovem talento, mas também marca o retorno definitivo da McLaren ao patamar de elite da Fórmula 1. Após anos de reconstrução técnica, a equipe inglesa fecha o ano não apenas com o título de pilotos, mas também garantindo o Campeonato de Construtores, um atestado de seu pacote aerodinâmico e mecânico superior no ano de 2025.

A temporada de 2025 também marcou o último ano da Sauber antes da transição para a equipe de fábrica da Audi em 2026. O desempenho do brasileiro Gabriel Bortoleto não apenas solidifica sua posição como uma das maiores promessas na F1, mas também o coloca como um candidato forte para ser mantido na nova estrutura. Sua rápida adaptação e os resultados em um carro limitado mostraram que o campeão da F3 e F2 está à altura do desafio.

Apesar dos momentos difíceis – terminando o campeonato de pilotos apenas na 19ª posição – a temporada do rookie foi de evolução clara: Bortoleto não só quebrou o jejum de um brasileiro pontuando na F1, como estabeleceu um alicerce sólido para o seu futuro na categoria, provando que é um nome a ser observado de perto nos próximos anos.