Foto capa: Créditos/Blog SABRA
Por Laryssa Leite
Composto no século XIX e oficializado em 1922, o Hino Nacional Brasileiro é um dos principais emblemas da identidade do país. Sua melodia e letra atravessaram diferentes momentos históricos e continuam marcando a vida cívica e cultural da nação.
A origem do hino remonta a 1831, quando Francisco Manuel da Silva compôs a música que ficou conhecida como “Hino ao 7 de abril”, em referência à abdicação de Dom Pedro I. A primeira execução pública ocorreu poucos dias depois, no dia 13 de abril — data que seria reconhecida como o Dia do Hino Nacional.
Ao longo do período imperial, a composição foi adotada em cerimônias oficiais, embora ainda não tivesse uma letra definitiva. Após a Proclamação da República, em 1889, um concurso chegou a ser promovido para a escolha de um novo hino. No entanto, a popularidade da melodia de Francisco Manuel da Silva impediu que fosse substituída, consolidando-se como símbolo nacional mesmo sem texto oficial.
A letra só seria incorporada anos depois, em 1909, escrita por Joaquim Osório Duque Estrada. O governo brasileiro adquiriu os direitos da composição e oficializou a versão final em 1922, durante as comemorações do Centenário da Independência. Com linguagem rebuscada e tom poético, os versos exaltam a paisagem, os valores cívicos e a luta pela liberdade.
Hoje, o Hino Nacional está presente em cerimônias oficiais, celebrações escolares e competições esportivas de grande porte. Sua execução segue normas que garantem o respeito ao símbolo, como o silêncio e a postura solene durante a execução. Mais do que uma tradição, tornou-se parte do cotidiano coletivo e do imaginário patriótico brasileiro.
Ao longo de mais de um século, o hino se manteve como uma das expressões mais consistentes do sentimento nacional. Mesmo diante das mudanças políticas e sociais, seus versos e acordes seguem inalterados, conectando gerações e reforçando o senso de pertencimento e identidade do povo brasileiro.
