
Por Álefe Panaro e Carol Paiva
A indústria da moda é feita de controvérsias e polêmicas. Peças que já foram consideradas indispensáveis para o uso moderno se tornaram obsoletas, já outras que antes não tinham um apelo tão fashion viraram febre entre os mais jovens. E para iniciar o projeto #TBT do Em todo Lugar, nada mais justo que falar da nova queridinha dos rolês: a pochete.
O acessório de hoje carrega consigo um registro muito pesado em seu histórico, isso porque até poucos anos atrás era considerada bem cafona. Relacionavam a pochete a um utensílio típico de tio ou pai quadradão dos anos 1980/1990. Seu material era feito, em grande parte, com tecido de couro e seu tamanho chamava atenção de todos que olhavam, ou seja, socorro! Contudo, a moda é surpreendente e, felizmente (para alguns), o acessório conseguiu se reinventar e é usado atualmente de forma mais despojada e visivelmente atraente para seus admiradores.

Em francês,pourchet, que acabou virando pochette e, em português, pochete,está presente no cotidiano da sociedade ocidental desde o início do século XX, mas era utilizada apenas como uma minibolsa presa ao cinto de forma imperceptível, como um porta-moedas, por exemplo. Foi então nos fatídicos anos 1980 e 1990 que ela acabou se tornando um acessório bastante notável, o que podemos relacionar também com o período, já que são décadas consideradas chamativas, coloridas e volumosas para a moda.

Viva durante um período que não a valorizavam, a pochete foi crucificada pelos especialistas (ou pelas pessoas com algum senso estético) e aos poucos foi caindo em desuso. Se alguém pensasse em usar na metade dos anos 2000, poderíamos imaginar facilmente a Miranda Priestly, de O Diabo Veste Prada, chamando a polícia da moda, porque ela o consideraria um crime!

Anos após sua quase extinção, ninguém imaginou que a pochete voltaria, até que Karl Lagerfeld, design de moda alemão e diretor criativo da Chanel, resolveu retornar com esse acessório em uma coleção de verão em 2014. E assim começou uma nova guerra no mundo da moda.

Pode-se dizer que houve e ainda ocorre uma grande discussão sobre a volta da pochete, se tratando do cenário mundial. Alguns especialistas defendem a visão de que é um acessório brega, mas é impossível não observar a sua ascensão na indústria atual.Em 2017, finalmente, ela foi aceita no Brasil e virou essencial no guarda roupa de qualquer jovem baladeiro.Os praticantes da pochete descrevem como um acessório prático, seguro e charmoso, principalmente aqueles que amam curtir um carnaval ou uma festinha nos finais de semana (Xô Coronavírus, deixa a gente viver de novo!).


Sendo assim, com a pochete voltando a ser fashion no mundo da moda, a criatividade correu solta e foram fabricados novos modelos com formas distintas, não só de usá-los, mas também em seu design. Foram criadas às pochetes com uma pegada social ou esporte fino, outras mais divertidas, bolsas que podem ser utilizadas como pochete, o modelo utilizado no ombro e por aí vai. Os materiais também se tornaram um charme a mais. Atualmente é visto bastante em couro, plástico, pano etc. Talvez até a Miranda aprovaria essa nova tendência, hein?!

Pochetes masculinas ganham cada vez mais espaço, visto que os homens, geralmente, não possuem a bolsa como sua aliada.


E então? O que a equipe de moda do Em Todo Lugar sugere? Aprovamos mil por cento a volta da querida pochete! Não se sinta encabulado, esse acessório é maravilhoso. Além de estar no “hype”, os seus rolês contarão com um visual mais despojado e, principalmente, seguro, né? Fique à vontade para adquirir esse novo salva-celulares, documentos e carteiras da modernidade.