Por Arthur Líbero e Matheus Bisaggio. Imagem Capa/Reprodução: PublishNews.

No sábado (02/09), a primeira grande atração do Espaço Palavra-Chave foi a escritora norte-americana Cassandra Clare. A autora foi entrevistada pelo blogueiro Alec Costa, para falar sobre suas séries de livros: ‘’Os instrumentos Mortais’’, ‘’As Peças Infernais’’ e ‘’Os Artifícios das Trevas’’. Durante a entrevista, Cassandra contou sobre a experiência de escrever para os jovens e de como é escrever para um público mais diverso nos dias atuais. 

A autora revelou que seus livros com personagens LGBTQIAPN+ têm sido banidos de algumas localidades, como por exemplo a Flórida, mas ressalta a importância de trabalhar para esse público específico. 

Logo em seguida, a escritora da série de livros ‘’Estilhaça-me’’, Tahereh Mafi, participou de uma mesa com seu marido Ransom Riggs e escritores do público infanto-juvenil como Maria Freitas, Juan Jullian e Lavínia Rocha. Eles falaram sobre a diversidade nesse tipo de escrita e a importância da representatividade.  Os autores romperam os limites do romance tradicional, e falaram sobre realidades alternativas, desafiando as convenções de gênero. 

 

(Legenda das imagens 2 e 3. Divulgação/Reprodução: Youtube da Bienal) 

Falando em romance tradicional, o segundo dia da Bienal terminou com um tradicional baile de máscaras, com a presença da escritora norte-americana Julia Quinn, conhecida por escrever a série de livro ‘’Os Bridgertons’’, que também virou série na Netflix. Para assistir o baile, o público esperou cerca de 8 horas na fila para conseguir a senha.  

Segundo funcionários do Riocentro, alguns fãs chegaram às 5 horas da manhã, antes mesmo de abrir o evento. Tudo isso para poder participar de um dos momentos mais marcantes dessa edição da Bienal. 

Durante o Baile, alguns dançarinos vestidos a caráter, performaram uma valsa, enquanto Julia assistia tudo sentada em um trono, simbolizando o trono da rainha. Ao final do baile, alguns fãs sortudos ganharam um box da série autografado pela autora e por fim todos os presentes participaram de uma foto única próximos da autora.  

(Legendas das imagens 4 e 5. Divulgação/Reprodução: O Globo) 

Já na manhã de domingo, as filas se formavam para assistir à entrevista com a escritora norte-americana Holly Black. Conhecida por best-sellers como ‘’O Príncipe Cruel’’, a escritora se destaca entre os livros do gênero fantasia.  

Ela foi entrevistada pelo embaixador da própria escritora no Brasil, o blogueiro Edu Luckyficious e mostrou todo seu carinho com os fãs brasileiros após ficar quase 5 horas autografando os livros. 

Em seguida, Julia Quinn voltou ao espaço Palavra-Chave para uma entrevista com a escritora brasileira Frini Georgakopolus. Durante a entrevista, ela comentou sobre as expectativas dos fãs para a terceira temporada de ‘’Os Bridgertons’’, mas se limitou a dizer que apenas gostou muito dos roteiros que lhes foram apresentados. 

 A escritora também comentou sobre o fato de seus romances não possuírem personagens LGBTQIAPN+, e disse que continua escrevendo romances heterossexuais pois é sua especialidade, mas que reconhece a importância da representatividade da comunidade e diz que pessoalmente promove ações para ajudar na causa e também revelou durante a entrevista, que todo o dinheiro ganho dando palestras será doado para instituições que apoiam a comunidade. 

Ao final da entrevista, Julia foi presenteada pela editora Arqueiro, que publica seus livros no Brasil, com uma placa com seu nome devido aos 3 milhões de livros da autora vendidos. 

Fechando a programação de autores internacionais, a Bienal do Livro promoveu o ‘’Baile de Fantasias’’ com a presença de Cassandra Clare e Holly Black. O baile foi realizado de forma especial: 12 fãs foram escolhidos pelo público para desfilar na frente das autoras com fantasias produzidas por eles mesmos. Além do desfile, os fãs ainda ganharam uma visita junto com as autoras para conhecer a sede da editora Galera Record no Brasil.