Por Idries Bulkool

Em partida válida pela terceira rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, no Qatar, o Brasil venceu a Venezuela pelo placar de 1 a 0, no Morumbi, em São Paulo. Com a missão de manter a invencibilidade após duas vitórias, contra Bolívia e Peru, a seleção brasileira veio para o jogo com sete desfalques importantes.  

Sem Neymar, cortado em definitivo para esta data FIFA por lesão, Coutinho lesionado, Casemiro com Covid-19, entre outros, Tite promoveu algumas novidades. A principal delas foi Everton Ribeiro, que além de titular, assumiu a camisa 10 da seleção. A menção honrosa da partida ficou com Thiago Silva, que manteve a faixa de capitão do último jogo contra o Peru. Com a marca, o zagueiro chegou a 92 jogos pelo Brasil, tendo sido capitão em 33 oportunidades. 

O Brasil foi a campo com a seguinte escalação: 

O jogo 

Se Adenor Bachi, o Tite, se incomodou com o alto som do Estádio Morumbi, logo no início do jogo, acabou ainda mais decepcionado com o som do apito. Isso porque, logo aos 7 minutos de jogo, após bom lançamento e cruzamento na área, Richarlison carimbou para dentro das redes, desacreditado logo depois pela marcação de impedimento pelo bandeirinha, confirmado pelo VAR. 

Impedimento a parte, o time do Brasil foi mais perigoso nos escanteios, com 4, e em chutes de fora da área, duas vezes. Embalados pelos gritos “Roda! Roda!”, de Tite, a todo instante, a seleção acabou não conseguindo furar o bloqueio venezuelano durante a primeira etapa, somando sete finalizações, mas apenas duas no alvo. A recompensa do “Roda de novo!” apareceu apenas aos 32 minutos, após boa rodada de bola, que culminou no chute para fora de Richarlison, que chegou atrasado na bola dentro da pequena área. 

Segundo tempo 

A etapa final começou da mesma forma, com impedimento após lançamento em profundidade, e mais, com atuação do VAR novamente aos 7 minutos. Dessa vez, porém, o árbitro precisou consultar a tela sobre um possível pênalti em favor do Brasil, desconsiderado pelo ‘sincerão’ Juan Benítez, do Paraguai. 

A esmagadora superioridade de passes e de posse de bola precisava ser recompensada de alguma forma. Foi o que aconteceu, quando aos 21 minutos da etapa final, a história do jogo mudou em uma combinação de jogadas. Partindo de um passe de primeira de Allan, passando por cruzamento na segunda trave de Everton Ribeiro e um passe de cabeça de Gabriel Jesus, Roberto Firmino pôde, enfim, balançar as redes do Morumbi. Este foi seu nono gol pela seleção no período pós Copa. Minutos após o gol, foi a chance de Pedro e Everton Cebolinha entrarem mais tranquilos com a vantagem no placar. O restante do jogo foi de banho maria, controlando o resultado. Vinicius Jr., no fim das contas, não entrou em campo. 

Venezuela 

A Venezuela continua sem marcar um gol sequer nas eliminatórias. O time do português José Peseiro amarga a terceira derrota nos três primeiros jogos da competição. No jogo, embora Mago tenha entrado, substituindo o lateral direito Feltscher, nenhuma magia diferenciada foi criada na equipe. Soteldo, com seus 1,61cm, foi perigoso uma vez em contra-ataque e a equipe cresceu um pouco no fim do jogo, com alguns erros de passe da seleção brasileira. Savarino, do Galo, e Otero, do Corinthians, até entraram, mas pouco aproveitaram a oportunidade. 

Futuro Promissor 

Apesar da atuação pouco convincente, a invencibilidade segue nas eliminatórias. Líder da competição, a última derrota da seleção no torneio foi em 2015, contra o Chile, quando a equipe era comandada por Dunga. Já são 15 vitórias e cinco empates. Na próxima terça-feira (17), o duro confronto contra o Uruguai será às 20h, direto do Estádio Centenário, em Montevidéu.