Em um especial para o dia das mulheres, a professora Magda Valente e as alunas Cleo Bessa, Laura Motta e Mariana Benedito conversam sobre o significado da escolha de uma roupa e como o visual contribui para a formação da identidade pessoal
Por Bárbara Motta, Raphaella Machado e Rafaela Alves
O que se veste está além de uma escolha do dia a dia, ali estão expressos sentimentos e vontades e, claro, a mensagem que gostaria de transmitir sobre você. Assim como conhecemos a frase “Você é o que come”, também tem a “Você é o que veste”. Não é á toa que para sair com os amigos, tem um estilo, para uma entrevista de emprego, há outro, ou então num dia não tão alegre, vem a escolha de uma blusa velha cinza, já em um dia feliz, escolhe uma de suas melhores roupas. O nosso interior e as nossas necessidades transparecem no que vestimos, com a moda podemos demonstrar quem nós somos por dentro e por fora, dando muita força à criação da nossa identidade.
A professora Magda Valente e as alunas Cleo Bessa, Laura Motta e Mariana Benedito escolheram roupas nas quais se sentiam bem e contaram o porquê das escolhas.
Magda Valente, formada em Comunicação Social pela FACHA e lecionando desde 2011 na casa, diz que moda é usar aquilo que te faz bem. Na foto, aparece posando ao lado do cartaz do “Alumni FACHA”, associação de ex-alunos da qual faz parte com muito orgulho. Sobre seu look, ela diz: “Calça lycra e camisão. Super confortável. Embora lycra, não é quente. Quando estudava na Facha, usava vestidos, saias, jeans. Nos anos 1990 quando fui cobrir o Carnaval para uma rádio precisava usar a blusa da emissora. Foi aí que “descobri ” no meu armário a calça de lycra “bailarina”. Do Carnaval de 1990 até hoje nunca mais deixei de usar. Uso alguns vestidos, saias, mas muito raramente”.

Para Cleo Bessa, atriz formada pela CAL e publicitária em construção na FACHA, moda é identidade, é uma forma de se comunicar. Com roupa de academia, ela expressa o que sente quando usa esse look: “Eu adoro me movimentar. Sem dúvidas, roupa de ginástica é o que mais uso. Geralmente, escolho um shortinho e um top, depois é só jogar uma blusinha por cima. Look confortável, prático e levinho, perfeito para resolver as coisas do dia e, de quebra, fico pronta para treinar. Ótimo para afastar a preguiça também. Se já estou vestida, não tenho desculpas para não ir”.

Laura Motta, dona de um e-commerce de acessórios e pedras naturais chamada @atelie.mudrara e aluna de Publicidade e Propaganda da FACHA, opta sempre pelos looks larguinhos e confortáveis, é apaixonada por saia e top devido sua praticidade. Para Laura, a relação com o que se veste “transparece o máximo de Laura possível”, como uma forma de identidade. Acessórios são fundamentais e indispensáveis para compor seu look, brinco, colar, gargantilha e apostando sempre em cores pastéis e terrosas.

Mariana Benedito, estudante do 7º período de Jornalismo, compartilhou uma foto de 2019 que representa bem seu estilo e identidade. A estudante comenta sua história com a roupa e como foi seu processo em adquirir confiança e autoaceitação:“Durante muitos anos eu me escondia em blusas de manga larga e roupas que cobriam boa parte do meu corpo, porque eu tive muitos problemas de saúde que me fizeram engordar e emagrecer constantemente. Essa foto foi a primeira vez que eu saí de cropped na rua, e eu estava me sentindo muito confiante, porque foi em um momento que eu parei de ligar para o número que estava na balança e comecei a enxergar o quanto eu amava meu cabelo e outras características físicas.” Para Mariana, a moda é uma extensão da comunicação, ela diz:
“Eu posso entrar em uma sala e me expressar sem abrir a boca. Posso mostrar o quanto eu me amo e me sinto segura comigo mesma e que as opiniões de outras pessoas não importam mais. Eu posso defender uma posição política, posso contar minha história, tudo através da moda”.
