CS:GO Em Todo Lugar – FURIA

Foto de capa: Reprodução/Estação Nerd 

Por Gabriel Orphão

Fundada em agosto de 2017, a FURIA, eleita pelo Prêmio eSports Brasil como a melhor organização de esportes eletrônicos do país, é, atualmente, a equipe brasileira de mais alta colocação no ranking de melhores times do mundo, segundo a HLTV.org. Os furiosos são, no momento, o 9º melhor time de CS:GO do planeta. 

Os atletas 

A equipe, que tem como um dos investidores o principal jogador de poker do Brasil, André Akkari, hoje em dia é composta por 6 atletas e um treinador. O gaúcho Andrei “arT” Piovezan é o capitão do time, e tem ao seu lado os brasileiros Yuri “yuurih” Gomes, Vinicius “VINI” Figueiredo, Kaike “KSCERATO” Cerato e Lucas “Honda” Cano, além do americano Paytyn “Junior” Johnson. O técnico da equipe é o ex-atleta da organização, Nicholas “Guerri” Nogueira, que desde fevereiro de 2018 atua como coach da FURIA, que já contou com Rinaldo “ableJ” Moda e Henrique “HEN1” Teles. 

André Akkari junto dos atletas arT, VINI, yuurih e do treinador Guerri
Crédito: Divulgação/Instagram Andrei “arT” Piovezan  

Uma organização muito além dos eSports 

A FURIA está presente em diversas modalidades do esporte eletrônico: CS:GO feminino e masculino, Rainbow Six Siege, League of Legends, Valorant, Rocket League e Free Fire. Porém, o investimento vai muito além das telas dos computadores. A organização optou por contratar atletas de modalidades “fora da caixa” de uma equipe de eSports tradicional: Krikor Mekhitarian, do xadrez, Livinha Souza, lutadora de UFC, Allan “Estágiario”, do FIFA, e os irmãos Pietro e Enzo Fittipaldi, do automobilismo – Pietro, inclusive, correu pela Haas durante a temporada de 2020 da Fórmula 1, quando Grosjean estava se recuperando de grave acidente. 

Em entrevista ao portal Mais eSports, o CEO da FURIA, Jaime Pádua, revelou que existe um interesse por parte da organização em contratar mais atletas de diferentes modalidades, garantiu que está “de olho em diversas oportunidades” e que as novidades serão apresentadas em breve. 

Os irmãos Enzo e Pietro Fittipaldi são os novos contratados da FURIA
Crédito: Divulgação/FURIA 

Um ilustre torcedor 

Diversas personalidades fora do mundo dos esportes eletrônicos já foram vistas jogando CS:GO: Willian Arão, volante do Flamengo, Gabriel Jesus, atacante do Manchester City (ING), Lucas Paquetá, meio campista do Lyon (FRA), o YouTuber Felipe Neto e os atores Matheus Ueta e Luigi Montez são apenas alguns dos diversos famosos que já jogaram o FPS da Valve. Porém, uma das maiores personalidades do planeta tem uma paixão especial pelo jogo, e principalmente pela organização da FURIA: o atacante do Paris Saint Germain (FRA) e da seleção brasileira, Neymar Júnior. 

O ex-atleta do Santos e do Barcelona já publicou diversas vezes em suas redes sociais mensagens de apoio aos jogadores da FURIA. Recentemente, o craque visitou o centro de treinamento da organização, em São Paulo, e encontrou os atletas da equipe, aos quais já enfrentou algumas vezes em diversas partidas organizadas pela própria equipe. 

Casemiro, Neymar, Lucas Paquetá e Arthur posam com o úniforme da organização da FURIA
Crédito: Reprodução/Twitter FURIA 

Uma jovem descoberta 

A FURIA é bastante conhecida por formar atletas de alto nível. KSCERATO, VINI e ableJ, este último já aposentado, são alguns dos diversos jogadores que passaram pela FURIA Academy (também conhecida como FURIA Rivalry), e tiveram grande sucesso nas competições de CS:GO. 

Em dezembro de 2020, a organização teve uma perda importante em sua lineup de CS:GO: o experiente Henrique “HEN1” Teles pediu para se desligar da equipe, pois gostaria de jogar novamente com seu irmão gêmeo, Lucas “LUCAS1” Teles. Para repor sua vaga, a FURIA contratou o americano Paytyn “Junior” Johnson, que estava na equipe da Triumph. Além de Junior, a organização da pantera promoveu Lucas “Honda” Cano, que estava na equipe Academy. 

Com a equipe principal jogando campeonatos na Europa, foi necessária a mudança dos atletas para a Sérvia, onde o resto do time está localizado. Porém, não pôde contar com Junior nos primeiros treinamentos e torneios, e teve que jogar com Honda, que havia chegado para ser o jogador reserva da equipe.  

Lucas “Honda”, junto do treinador Nicholas “Guerri” durante o bootcamp da equipe da FURIA na Europa – Crédito: Reprodução/FURIA 

O jovem, de apenas 20 anos, estreou contra a G2 eSports, que possuía os primos Nemanja “huNter” Kovač e Nikola “NiKo” Kovač, eleitos 13º e 4º melhores jogadores do planeta em 2020, respectivamente. Pouco se esperava do jovem brasileiro na partida, porém, ele surpreendeu grande parte do público fazendo 2 “aces” no primeiro mapa, a Inferno, e mais um na Nuke, o último mapa do confronto, o que levou diversos torcedores da organização a pedirem uma presença cada vez maior de Lucas nas partidas da equipe. 

Porém, em entrevista ao Pro Talks, o treinador Guerri explicou que o objetivo da equipe é lapidar o atleta no momento: 

“Trouxemos ele para o mais alto nível, lapidar ele e para ele se adaptar ao time. Ele está nos treinos, participa de todas as discussões, dá opinião, escuta e anota” 

Disse o treinador.

No momento, Honda continuará como atleta reserva da equipe, sendo como um jogador coringa, e não jogará apenas alguns mapas, como muito se especulou nas redes sociais. 

Sucesso no masculino e no feminino 

Além de ser a principal equipe brasileira no CS:GO masculino, a FURIA também domina no cenário feminino. Campeã da etapa brasileira feminina da WESG 2021, bicampeã da GamersClub Masters Feminina, da Girl Power Invitational e de diversos outros torneios, a organização briga com o MIBR pelo posto de principal equipe do país. 

As furiosas, que têm em sua lineup as atletas Gabriela “gabs” Freindorfer, Gabriela “GaBi” Maldonado, Gabriela “gabee” Lopes, Karina “kaah” Takahashi e Izabella “izaa” Galle, além do treinador Fernando “nandinnn” Serikawa, já acumularam mais de 20 mil reais em premiações, e vem se mostrando cada vez mais sólidas no cenário feminino de CS:GO, vencendo as principais competições e obtendo grandes resultados, mesmo após a saída de Bruna “Bizinha” Marvila, que acabou indo para o MIBR. 

Jogadoras da equipe da FURIA comemoram o título da etapa brasileira feminina da WESG 2021, onde bateram o MIBR por 2 a 1 – Crédito: Divulgação/FURIA 

Sucesso cada vez maior 

Com mais de 700 mil seguidores juntando Twitter e Instagram, a FURIA vem aumentando seu número de fãs a cada dia que passa. A organização tem umas das maiores torcidas do cenário brasileiro, mas ainda perde para equipes como o MIBR e a Team Liquid, por conta de Gabriel “FalleN” Toledo. 

O sucesso nas redes sociais se repete dentro dos servidores, com grandes resultados da equipe em praticamente todas as modalidades de esportes eletrônicos. Isso se dá devido ao grande trabalho e profissionalismo da organização, em especial do CEO Jaime Pádua. A FURIA tem tudo para se expandir cada vez mais, e virar, em algum dia, a maior e melhor organização de esportes eletrônicos do Brasil. 

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