Foto de Capa: Reprodução
Por Matheus Carvalho
A Escola de Direito Hélio Alonso promoveu nesta quarta-feira (28/04) o Workshop de Carreiras Jurídicas. Um evento destinado aos alunos de Direito e público geral, ministrado pelo coordenador do curso, Fagner Sandes, com a participação de profissionais dos mais variados campos do Direito. Dividido em três seções, o módulo II aconteceu das 14h às 16h no canal do Youtube da FACHA e contou com quatro convidados.
O palestrante que abriu o segundo módulo foi o advogado e Diretor de Desenvolvimento da Universidade Santa Úrsula, Telson Pires. Professor há mais de 20 anos, o profissional contou sobre a preparação para uma boa oratória e deu dicas de como se tornar um bom orador.
Pires abriu seu discurso argumentando que no exercício de uma carreira jurídica é necessário ter facilidade no manuseio das palavras, saber utilizar a técnica da retórica e ter uma boa argumentação para convencer terceiros a ter os serviços contratados.
Em seguida, afirmou que aprender a oratória é complexo, não é um “dom” com o qual uma pessoa nasce, demanda conhecimentos técnicos específicos, estudos e muito treino. Com isso, apresentou o projeto pessoal “Fale sem Medo” que ajuda a desmitificar o medo de falar em público.
Por fim, deu dicas de como entender o que é o medo e falou da técnica “máscara do discurso” que consiste em preparar uma introdução elaborada e que sobre um tema que tenha domínio, para lhe dar segurança no decorrer do discurso.
A segunda convidada foi Zizi Martins, procuradora estadual da Bahia há 24 anos, professora de pós-graduação na AGU e PGU-Rio e uma das autoras da Lei Baiana de Licitações. A palestrante traçou um panorama das carreiras jurídicas e destrinchou os cargos nos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Logo após, falou do trabalho realizado como Procuradora Estadual que consiste na representação judicial do Estado e, como integrante da área de consultoria, fazer o aconselhamento de questões jurídicas do governador e demais cargos políticos. Para finalizar, recomendou aos alunos que desejam realizar concursos públicos que tenham resiliência.
Convidados do segundo módulo do Workshop de Carreiras Jurídicas (Fotos: Reprodução)
Passado metade do módulo, a palestrante seguinte foi a oficial de Justiça Claudete Pessoa, que descreveu o cargo como desafiador, mas também apaixonante. Além disso, também é professora de cursos preparatórios para concursos públicos. A oficial disse que um dos principais desafios da profissão é enfrentar “concepções equivocadas” sobre a atuação do seu trabalho como ser “entregador de mandados”.
Pessoa enfatiza que o papel do oficial de Justiça é fazer valer na prática as normas e decretos de juízes a partir de uma ordem judicial. Trazendo com leveza o termo Longa Manus para melhor compreensão, o Oficial personifica o poder do Judiciário dentro da casa do cidadão, em outras palavras, é a cara da justiça.
Ela prossegue afirmando que é preciso ter um vocabulário acessível à população para que possam compreender os decretos. Outra necessidade é a de ter uma visão isenta e imparcial para trazer a realidade dos fatos aos seus superiores e em casos que envolvam crianças, exercer um papel de psicólogo, pedagogo e assistente social. Para finalizar, apresentou as vantagens da profissão como a possibilidade de ter um horário flexível e uma boa remuneração.
Finalizando o módulo II do Workshop, o convidado foi Fábio Vilela, membro do Ministério Público do Trabalho do Rio (MPT/RJ) há 18 anos. O Procurador que atualmente é Vice Procurador-Chefe, foi Procurador-Chefe em dois mandatos de 2015 a 2019. Quanto a definição do emprego, foi sucinto, ama o que faz.
Vilela se dedicou a explicar os cargos do Ministério Público com sede em Brasília e suas áreas de atuação em três cargos como inicial, intermediário e avançado. O Procurador do Trabalho que atua na investigação extrajudicial e no segundo grau, o Procurador Regional que atua somente na segunda instância e o Subprocurador que atua perante o Tribunal Superior do Trabalho, a superior corte trabalhista. Afirmou ainda que em cada Estado existe uma Procuradoria Regional.
Depois disso, traçou as formas de atuação do Ministério Público do Trabalho em três formas básicas: Promoção de Interesses, trabalho informacional e pedagógico, Órgão Interveniente com atuação judicial e por fim, o que considera carro-chefe, a qualidade de Órgão Agente, com poder extrajudicial e judicial.
Para finalizar, explicou que o MPT é diferente da Advocacia Pública, já que a sua função é ser o advogado da sociedade, enquanto o outro advogado é público. Ademais, ser fiscal e defensor da Ordem Jurídica e que não lhe cabe como Procurador do MPT atuar em demandas individuais.
Confira a transmissão do módulo aqui: