Foto de capa: Manu Fernandez/AP Images
Por Gabriel Orphão
Pela segunda vez na temporada, Lewis Hamilton, da Mercedes, subiu no topo do pódio e se consagrou vencedor de uma corrida no ano. Desta vez, o inglês venceu o Grande Prêmio de Portimão, em Portugal, e conquistou a sua 97ª vitória na Fórmula 1. O holandês Max Verstappen, da Red Bull Racing, e o finlandês Valtteri Bottas, também da Mercedes, completaram o pódio.
Homenagens aos maiores do passado e do presente
Durante o treino classificatório de sábado (01/05) para o Grande Prêmio de Portugal, uma imagem próxima ao Autódromo Internacional do Algarve chamou a atenção de vários admiradores do automobilismo. Com a legenda “Even legends have heroes” (mesmo as lendas têm heróis), o artista português Huariu preparou uma grande homenagem ao brasileiro Ayrton Senna e ao britânico Lewis Hamilton, em um grande gramado próximo ao autódromo.

Neste mesmo dia 1 de maio, a morte de Ayrton Senna completou 27 anos. O tricampeão da F1 morreu em 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino, na Itália. O piloto brasileiro marcou época na categoria e é um dos ídolos do heptacampeão Hamilton. Segundo o portal BandSports, o artista português levou cerca de 10 dias para terminar a homenagem, e utilizou 1.800 litros de tinta, em um longo gramado que possui 5.500 metros quadrados.
Problemas logo nas primeiras voltas
A largada do GP de Portugal contou com o pole position, Valtteri Bottas, conseguindo segurar a sua liderança, mesmo com a pressão de Hamilton e Verstappen. Na primeira curva, o espanhol Carlos Sainz, da Ferrari, ultrapassou o mexicano Sergio Pérez, e assumiu a quarta colocação.
Porém, na segunda volta, o finlandês Kimi Räikkönen, da Alfa Romeo, tentou ultrapassar o italiano Antonio Giovinazzi, seu companheiro de equipe, e acabou tocando em sua traseira. O experiente finlandês, que foi campeão do mundial de pilotos em 2007, teve grandes danos na asa dianteira e foi obrigado a abandonar a corrida ainda na segunda volta. Por conta da batida, o carro de segurança foi acionado pela direção de prova.

Uma relargada frenética
O safety car entrou nos boxes no final da 6ª volta, autorizando o reinício da corrida. Logo assim que foi dada a bandeira verde, Max Verstappen conseguiu uma ultrapassagem magnífica pra cima de Lewis Hamilton, e assumiu a segunda colocação. Na 11ª volta, Hamilton aproveitou o vácuo deixado por Verstappen e recuperou a posição, superando o piloto da Red Bull Racing na entrada da primeira curva, em uma limpa ultrapassagem por dentro.
Na briga pelo 4º lugar, Sergio Pérez conseguiu ultrapassar Lando Norris na 16ª volta e recuperou sua posição de início. Na 20ª volta, Lewis Hamilton, com o auxílio da asa traseira e de um vácuo deixado por Valtteri Bottas, ultrapassou seu companheiro de equipe no começo da curva 1, assumindo a liderança da corrida.
Paradas nos boxes foram essenciais
O primeiro piloto do “top 3” a parar nos boxes foi Max Verstappen, que estava na terceira colocação. O piloto da RBR decidiu realizar seu pitch-stop na 36ª volta, e optou por colocar pneus duros e novos. Ao retornar a pista, voltou na 4ª colocação. Na volta seguinte, foi a vez de Valtteri Bottas parar. O finlandês também optou por colocar pneus duros, mas não possuía um conjunto novo de pneus, então foi obrigado a usar um usado. Ao retornar, o piloto da Mercedes voltou na frente de Verstappen, mas foi ultrapassado pelo holandês logo em seguida, e acabou caindo para a 4ª colocação.

Crédito: Clive Mason – Formula 1/ via Getty Images
Na 38ª volta, foi a vez do líder Lewis Hamilton ir para os boxes. O britânico e sua equipe optaram por colocar pneus duros, assim como os de Bottas e Verstappen. Porém, assim como seu companheiro de equipe, Hamilton não possuía um jogo de pneus novos e foi obrigado a ir com um usado. Com a ida do britânico aos boxes, a liderança foi assumida por Sergio Pérez, que não havia parado ainda. A liderança só foi recuperada por Hamilton na 51ª volta, ao ultrapassar o mexicano, que só optou por fazer sua primeira e única parada na volta 52.
A briga pela volta mais rápida da prova
Até a 64ª volta, o ponto extra, dado ao piloto que fizer a volta mais rápida da corrida, era de Sergio Pérez, com 1m20s643. Porém, na volta 65, a Mercedes e a Red Bull Racing, optaram por chamar Bottas e Verstappen aos boxes, para ambos colocarem pneus macios e brigarem pelo ponto extra.
Valtteri Bottas conseguiu fazer a melhor volta do GP, com 1m19s865. Na última volta da corrida, Max Verstappen conseguiu bater Bottas e fez a melhor volta do GP, com 1m19s849. Contudo, a direção de prova sinalizou que o holandês havia ultrapassado os limites da pista, e com isso a sua volta foi invalidada, deixando o ponto extra para Valtteri Bottas.

A Fórmula 1 volta no próximo fim de semana, com o Grande Prêmio da Espanha, no Circuito de Barcelona-Catalunha, disputado no município de Montmeló. A corrida está marcada para as 10h da manhã de domingo, no horário de Brasília.