Foto de capa: Rebeca Doin
Por Matheus Guimarães
A Esgrima é uma modalidade histórica que existe há milhares de anos. Segundo registros, era praticada no Egito e na Grécia. Além disso, em outros países, também era usada como forma de combate antes de se tornar um esporte. Como exemplo, temos os chamados gladiadores, que combatiam e entretinham o povo.
Os estudos referentes ao esporte começaram na Itália, porém as primeiras escolas foram francesas. As pistas para a prática eram desenhadas no chão e, na mesma época, estudou-se qual arma era melhor para a execução, o sabre ou a espada. O estudo foi inconclusivo, e o esporte evoluiu com a implementação de equipamentos, como coletes, luvas e as máscaras. Tamanha foi a evolução que muitos hoje a comparam com o xadrez por ser um jogo de estratégia e movimento.

Sua inclusão nos Jogos Olímpicos foi em 1896 em Atenas e somente em 1924, nos Jogos de Paris, tivemos as primeiras participações femininas na modalidade do florete, que consiste em uma das três armas utilizadas.
Neste ano, em Tóquio, os Estados Unidos e a Itália possuem vantagem e grandes expectativas por medalhas, tendo em vista que competirão com a equipe completa. As disputas serão feitas no Centro de Convenções Makuhari Messe, em Chiba, entre os dias 24 de julho e 1º de agosto.

Regras

A esgrima tem uma pista de 14 metros de comprimento por 1,5 a 2 metros de largura e é dividida em três armas: florete, sabre e espada. No florete, são permitidos toques somente no tronco; no sabre, toques no tronco, nos braços e na cabeça; e, na espada, valendo no corpo inteiro. A imagem a seguir representa essas armas e seus locais de pontuação no corpo, na ordem anteriormente descrita.

Para que os esgrimistas não se firam e mantenham a prática em segurança, eles usam um uniforme branco resistente que é feito com a mesma fibra sintética de um colete à prova de balas, além de uma máscara de aço trançado que aguenta a pressão de um disparo de uma arma 45mm. Além disso, suas armas não possuem fio ou pontas afiadas.

Os jogos começam e terminam da mesma forma em todas as modalidades, com cada participante sem máscara saudando o oponente, o juiz e a plateia ordenadamente.
A duração é de três minutos na primeira fase e de nove minutos divididos em três tempos de três minutos cada para as fases eliminatórias. Vence o jogo quem somar cinco pontos nas primeiras fases ou 15 pontos nas eliminatórias. Por fim, a pontuação é marcada por sensores de forma eletrônica. As armas são conectadas por um fio que fica embaixo da roupa e que está ligado ao placar eletrônico.
Principais movimentos
Em guarda: permite ao esgrimista estar preparado para o ataque e a defesa.
Marchar: movimento para o atleta avançar.

Romper: movimento para o jogador recuar.

Afundo: ataque sobre o adversário, com o alongamento do braço e a movimentação da perna à frente.

Flecha: ataque rápido para pegar o oponente desprevenido.

Brasil
A delegação brasileira conta com apenas dois esgrimistas que foram classificados, diretamente, pelo ranking da Federação Internacional de Esgrima (FIE): Guilherme Toldo (florete) e Nathalie Moellhausen (espada).
Devido ao número baixo de atletas na modalidade, as chances brasileiras são poucas, mas Nathalie pode surpreender, já que, em 2019, conquistou uma inédita medalha de ouro para o Brasil ao se consagrar Campeã Mundial de Esgrima na Hungria.

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