Foto de capa: Rebeca Doin.
Por Lucas Dias
A canoagem paralímpica é uma modalidade que surgiu no ano de 2009, por iniciativa da Federação Internacional da modalidade olímpica. O primeiro mundial do esporte foi disputado em 2010, em Poznan, na Polônia, e contou com a participação de atletas de 31 países. Desde então a competição é disputada anualmente. A ICF (Federação Internacional de Canoagem) é a entidade responsável pelo esporte. No Brasil, a modalidade é coordenada pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa).


Regras
O percurso é realizado em uma linha reta, demarcada por boias, e tem 200 metros de extensão. Além das disputas individuais (masculinas ou femininas), há provas mistas, em barcos com capacidades para duas pessoas.
Nessa modalidade podem competir os atletas com deficiência físico-motoras dos dois sexos. Nos Jogos Paralímpicos do Rio em 2016, ano que marcou a estreia da modalidade, foram disputadas apenas as provas do caiaque de velocidade 200m.
Brasil Em Tóquio 2020
Nessa edição dos jogos paralímpicos a delegação brasileira já conta com os seus representantes e suas pretensões para tão sonhada conquista da medalha de ouro. Os atletas Caio Ribeiro, Luis Carlos, Fernando Rufino e Debora Raiza são as nossas apostas para o pódio na paracanoagem na capital japonesa. Dentre aqueles com os passaportes carimbados, os três homens não hesitaram em dizer que querem trazer medalhas. Já a única mulher com a vaga garantida optou por não gerar expectativa.
Os atletas brasileiros convocados para os jogos Paralímpicos na canoagem são:
MASCULINO | FEMININO |
---|---|
Caio Ribeiro | Adriana Azevedo |
Fernando Rufino | Debora Benevides |
Luiz Carlos Cardoso | Mari Santili |
Giovane Vieira |
O local da competição será no Sea Forest Waterway, lugar à beira-mar, localizado próximo ao centro de Tóquio. Serão 12.800 lugares para espectadores. Após os jogos, o local será usado para competições internacionais de canoagem e remo.

Remo
O remo está no programa paralímpico desde os jogos de Pequim 2008. No Brasil, a modalidade teve início nos anos 1980, no Rio de Janeiro. A superintendência de Desporte do Rio de Janeiro (SUDERJ) iniciou um programa de reabilitação para pessoas com deficiência física, mental e auditiva utilizando o remo como ferramenta. Porém, somente em 2005, depois dos dois mundiais, a Confederação Brasileira de Remo reativou o departamento de Remo Adaptável.
Nos jogos Paralímpicos de Pequim, o Brasil conquistou uma medalha de bronze no Double Siff Misto, classe T.A, com Elton Santana e Josiane Lima.

Crédito: CPB.
Brasil Em Tóquio 2020
Nesse ano a raia do Sea Forest Waterway receberá barcos de todo o planeta para a disputa do remo paralímpico nos Jogos de Tóquio 2020. O Brasil já possui duas vagas garantidas no evento: no Double Skiff Misto PR2 (PR2 Mix2x) e Single Skiff Masculino PR1 (PR1 M1x).
Como boa parte dos esportes paralímpicos, o remo não concede as vagas aos atletas, mas sim ao país. No entanto, vale dizer que quem garantiu as duas classificações do Brasil para a edição dos Jogos Paralímpicos adiados para 2021 foram Josiane Lima e Michel Pessanha nas duplas mistas e Renê Pereira no individual. As vagas foram carimbadas no Campeonato Mundial de Remo e Remo paralímpico 2019, realizado na Áustria.
Confira delegação completa do Brasil no Remo:
MASCULINA | FEMININA |
---|---|
Jairo Klug | Ana Paula Madruga |
Michel Pessanha | Claudia Sabino |
Rene Pereira | Diana de Oliveira |
Valdeni da Silva | Josiane de Lima |
Jucelino da Silva |

Regras
Com provas em um percurso de 1.000 m, o remo adaptado recebe essa nomenclatura por ter alterações nos barcos para conferir segurança aos atletas com deficiências. Nas embarcações podem competir uma, duas ou quatro pessoas, com diferentes tipos de limitação. A divisão por classes é feita de acordo com o membro utilizado pelo competidor para a propulsão.