Foto de Capa: Getty Images

Por Lucas Santos

Belal Muhammad está oficialmente no top 5 da divisão meio-médio do Ultimate. O americano venceu a revanche contra o brasileiro Vicente Luque no último sábado por decisão unânime (49-46,49-46,49-47), vingando a derrota sofrida em 2016. Agora, com sete triunfos em sequência, ele se aproxima do cinturão da categoria. 

Se o primeiro duelo durou menos de um assalto, a revanche foi até o último soar do gongo. Sabendo que já foi nocauteado pelas mãos pesadas do rival, Belal evitou o confronto direto, se apoiando em movimentação lateral e evasões. Vicente marchava para frente, mas não encontrava o rival, despejando seus golpes no vazio. Calculista, Muhammad escolhia seu momento e entrava nas pernas do brasileiro, derrubando e esfriando o combate. Com sua superioridade no setor, pontuava aos poucos e avançava nas cartelas dos jurados. 

A estratégia funcionou em todos os assaltos, embora Vicente se esforçasse para ficar de pé. No total, Belal converteu cinco quedas, uma em cada round. O jogo agarrado sufocante, misturado com movimentação, deixavam o brasileiro hesitante, que se arriscava cada vez menos, embora sua equipe pedisse mais atividade. No fim, não havia outro resultado se não vitória de Muhammad que, embora criticado por suas estratégias, segue derrotando lutadores renomados em sequência, sendo seus últimos oponentes: Demian Maia, Stephen Thompson e agora Luque. 

Pós-luta, Muhammad se mostrou orgulhoso da performance e de conseguir vingar a derrota. “Essa era a montanha que eu precisava escalar. Ele me venceu e me nocauteou. Pensei nisso durante o treinamento inteiro, mas estou pronto agora”, vibrou. Com a quinta posição do ranking, Belal aproveitou o microfone para desafiar o número um da lista, Colby Covington, já que a divisão dos 77 Kg está bem povoada, dificultando um encontro com o campeão, Kamaru Usman: “Não vou chamar o campeão, já pedi demais essa oportunidade. Deixe-me enfrentar o bocudo Colby Covington. Pare de desafiar pesos leves ou caras vindos de derrotas, eu estou aqui”.